O consumo nos lares brasileiros cresceu 2,84% de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. A saber, os dados fazem parte do Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quarta-feira (9).
De acordo com a entidade, o consumo nos lares cresceu 0,39% em setembro, na comparação com agosto. Esse resultado ajudou a impulsionar um pouco mais o volume acumulado no ano. Aliás, o aumento no consumo em setembro aconteceu, principalmente, por causa da redução dos preços dos alimentos.
Em resumo, os indicadores da Abras descontam a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, o IPCA, considerado a inflação oficial do país, caiu 0,29%.
SALÁRIO MÍNIMO deveria ter sido de R$ 6.458,86 em outubro
Queda da inflação e benefícios turbinados impulsionam compras
A Abras revelou que houve dois motivos principais para o resultado expressivo do consumo no país em setembro. O primeiro deles se refere à inflação, que vem caindo no país nos últimos meses.
Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o consumo nos lares deve ficar ainda mais intenso nos próximos meses. Em suma, isso deverá acontecer “puxado principalmente pelo aumento do consumo de proteínas e de outros itens que voltaram a fazer parte da cesta de abastecimento dos consumidores diante da deflação registrada nos últimos três meses”, disse Milan.
Além disso, a Abras destacou a liberação de auxílios sociais pelo governo federal. Desde agosto que o governo vem pagando um Auxílio Brasil e um vale-gás turbinados. A partir deste mês, caminhoneiros e taxistas do país também passaram a receber parcelas de R$ 1 mil, que seguirão até dezembro deste ano.
Em síntese, a Emenda Constitucional nº 123 liberou R$ 41,2 bilhões para o governo, além do teto de gastos. E, com esse valor, o governo conseguiu pagar valores mais elevados de diversos benefícios no país.
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