O consumo das famílias do país teve uma forte queda de 4,5% em 2020. De acordo com o IBGE, as despesas de consumo final, que englobam as famílias, bem como as despesas do governo e de instituições sem fins lucrativos, caíram 4,4% em 2020.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta segunda-feira (7) as suas revisões sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no ano em questão. E o consumo das famílias, que representa 61,8% do PIB, foi o grande responsável pela queda de 3,3% da atividade econômica brasileira em 2020.
A saber, a despesa de consumo final do governo caiu 3,7% em 2020, após um recuo de 0,5% em 2019. Em resumo, o consumo do governo engloba as despesas com bens e serviços oferecidos à coletividade.
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Consumo de serviços pelas famílias despenca em 2020
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da covid-19. Com isso, diversos países fecharam suas fronteiras para outras nações. Além disso, o deslocamento no território nacional também ficou muito limitado, com o governo incentivando o distanciamento social.
Tudo isso resultou em uma queda muito significativa no consumo de serviços pelas famílias do país. Em síntese, houve uma queda de 0,7% dos bens de consumo. Já em relação aos serviços, o tombo chegou a 10,2%.
Segundo a pesquisa, houve queda na maior parte dos grupos de produtos que compõem as despesas do consumo das famílias. Os destaques ficaram com transportes (-14,6%), educação (-11,0%) e alimentação e bebidas (-6,6%). A saber, as únicas altas vieram de habitação (0,9%) e artigos de residência (1,9%).
“No grupo alimentação e bebidas, a queda veio, principalmente, do consumo em bares e restaurantes (-29,0%), enquanto a alimentação no domicílio ficou estável”, explicou Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.
“Já no grupo habitação, a despesa com aluguéis caiu (-5,1%), mas aumentou o consumo de energia elétrica (3,6%), água e esgoto (4,1%) e gás de cozinha (5,0%). No grupo artigos de residência o aumento do consumo final concentrou-se em eletrodomésticos (5,1%) e computadores (13,0%)”, disse Martins.
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