O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 0,5 ponto em julho, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador avançou para 79,5 pontos, permanecendo em um nível historicamente baixo.
Nem mesmo a melhora no quadro da pandemia no país e o anúncio do aumento dos gastos do governo federal impulsionaram o otimismo dos brasileiros neste mês. A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) é o responsável pelo levantamento.
“Após alta do mês de junho, a confiança dos consumidores acomodou em julho. Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo Governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo”, disse a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
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Expectativas para os próximos meses melhoram
Embora a confiança dos consumidores tenha acomodado em julho, vale destacar que as expectativas para os próximos meses avançaram. A saber, o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto neste mês, para 86,6 pontos, maior nível deste agosto de 2011.
“Nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo”, disse Seda Bittencourt.
Em suma, houve uma melhora na confiança dos consumidores de renda mais baixa, impulsionada pelas notícias sobre os benefícios sociais. Por outro lado, as pessoas de renda mais elevada se mostraram menos confiantes em julho, mostrando também menos otimismo com o futuro.
Um dos fatores que podem ter levado a esse resultado em julho é a eleição presidencial, cada vez mais próxima. De acordo com a coordenadora do FGV Ibre, “a proximidade das eleições pode tornar as expectativas mais voláteis, considerando que não há uma perspectiva de mudança dos fatores econômicos nos próximos meses”.
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