Cresceu, no mercado, as opções de consórcios. Além disso, agora existem diversos produtos alvo para esse tipo de poupança coletiva. Contudo, o consórcio gamer talvez seja a maior armadilha que o mercado financeiro arranjou para atrair clientes aos bancos. Isso porque, segundo especialistas, não há nenhum sentido na existência desse produto, além de existirem outros meios mais baratos para chegar a esse objetivo.
Dessa forma, nesse texto vamos explicar como funciona o consórcio gamer, como ele pode tirar dinheiro de você e, ainda, as suas opções mais baratas. Atualmente, diversas empresas fornecem crédito para você comprar o seu computador gamer, mas é importante que você fique longe desses produtos.
O que é um consórcio gamer?
Assim como os consórcios comuns, o consórcio gamer é uma forma de o cliente, em tese, atingir o valor da compra do seu computador. Para isso, ele pagaria parcelas pequenas, divididas em prazos personalizados. Contudo, a existência das taxas torna esse processo muito mais custoso e, claro, menos eficiente para o cliente.
Isso porque, ao pagar as parcelas mensais, o cliente estará pagando as taxas para o banco. Atualmente, existem consórcios que cobram taxas de 17% em quatro anos, um percentual de 0,36% ao mês. Mesmo que seja uma parcela baixa, é bastante possível inverter o processo: em vez de pagar taxas, receber taxas. Além disso, uma parcela paga por 4 anos pode se tornar um valor bem maior que o valor final do seu consórcio gamer. Exatamente por isso, analistas criticam muito esse formato de rentabilizar o seu dinheiro que, na verdade, apenas tira dinheiro de você.
E para reverter esse processo, você pode tomar duas medidas. A primeira é investir, em produtos de renda fixa, um valor mensal para que, ao longo do tempo, você junte cada vez mais. A segunda alternativa é, claro, comprar os produtos e optar pelo parcelamento no cartão de crédito, o que não tem taxas nem multas para pagamentos feitos em dia.
Como fugir desse produto?
Existem duas formas básicas de fugir do seu consórcio gamer. As formas, que citamos acima, são investir o valor mensalmente antes de comprar ou, ainda, optar pelo parcelamento dos produtos. Essas duas estratégias se encaixam em qualquer bolso, dado que elas permitem que você escolha a ideal para você.
Por isso, se você optar pelo parcelamento, a primeira barreira é ter um cartão com esse limite. Dessa forma, é preciso usar bastante o cartão de crédito para ter um limite que consiga atingir o valor do seu produto. Contudo, é normal que os produtos sejam bastante caros no universo gamer e, com isso, você deva recorrer a outros meios, mas nunca ao consórcio gamer.
Na parte dos investimentos, qualquer pessoa pode fazer. Isso porque investir não exige valores mínimos e você pode começar de acordo com o seu bolso e com a sua realidade financeira. Dessa forma, é só abrir a conta em uma corretora e ir investindo. Atualmente, os consórcios cobram parcelas de R$120, aproximadamente, por 48 meses. Esse valor pode ser facilmente investido em produtos seguros, como o Tesouro Selic. No futuro, você pode comprar seus produtos e, quem sabe, ter um valor de sobra.