A transição de governo promete mexer bastante nas estruturas dos benefícios sociais. Dentre eles, o atual programa de transferência de renda deve voltar a se chamar Bolsa Família. Além disso, outras regras devem passar a valer, como vacinação e presença das crianças nas escolas. Contudo, pouco se sabe sobre o futuro do consignado do Auxílio Brasil.
Por isso, hoje vamos tentar entender qual será o futuro do consignado do Auxílio Brasil a partir de 2023. Além disso, vamos entender o que deve acontecer com o programa de transferência de renda já nos próximos meses.
O que vai acontecer com o consignado do Auxílio Brasil?
O empréstimo consignado do Auxílio Brasil corre um sério risco de ter uma vida curta. Isso porque, nos bastidores, o novo governo parece ser contrário à modalidade de crédito para esses cidadãos. Historicamente, os governos petistas usaram o BNDES para essa função, não os programas sociais. Apesar disso, ainda não se tem informações concretas.
Pelo fato de o valor da parcela ser descontado automaticamente, o poder de compra dos beneficiários diminui, o que vai contra o que prega o novo governo. Além disso, especialistas vêm criticando a modalidade desde seu lançamento, indicando a forte possibilidade de o crédito endividar ainda mais os brasileiros. Por isso, o consignado do Auxílio Brasil não deve mais existir.
Por outro lado, o consignado do Auxílio Brasil é uma ferramenta que permite que as pessoas tenham fácil acesso ao crédito para abrir suas empresas, por exemplo. Contudo, os governos petistas usam créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para essa finalidade, o que também deve ser ampliado nos próximos 4 anos.
Por outro lado, os bancos que atuam na modalidade acreditam que ela deve continuar e, com isso, o consignado do Auxílio Brasil não seria encerrado.
O que mais deve mudar?
Além de uma indefinição sobre o consignado do Auxílio Brasil, que pode deixar de existir, outras mudanças já estão prometidas para o ano que vem. Isso porque o governo petista corre contra o tempo para cumprir suas promessas de campanha e, por isso, esbarram nas negociações com o Congresso brasileiro.
Uma das maiores mudanças deve ser o aumento efetivo do Auxílio Brasil. O valor passará de R$400 para R$600. Vale lembrar que o aumento proposto por Bolsonaro não é definitivo e tem validade até dezembro deste ano. Além disso, o Governo Federal deve passar a pagar mais R$150 para famílias com crianças em sua composição, o que tornaria o benefício ainda mais eficiente para essas pessoas.
Outra mudança bastante aguardada é o aumento real do salário mínimo. Na prática, o governo aumentaria o valor acima da inflação, com cerca de 1,5% de reajuste real. Aumentando o poder de compra, o consignado do Auxílio Brasil, inclusive, poderia deixar de existir no sentido de as pessoas terem mais chances de fechar as contas no verde.