Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, apresentou os planos do programa “Voa Brasil”, cujo objetivo é tornar o transporte aéreo mais acessível no país.
Além disso, o programa pode até permitir que os passageiros recebam dinheiro ao viajar de avião.
Entenda melhor a seguir.
Programa Voa Brasil
O programa “Voa Brasil” quer tornar as passagens aéreas mais baratas para a população de baixa renda, com preços a partir de R$200. O lançamento do programa está marcado para agosto.
Ademais, durante uma audiência conjunta das Comissões de Turismo e de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados, Márcio França compartilhou mais informações sobre o programa “Voa Brasil”.
Assim, conforme o Portal Mercado e Eventos, Márcio França explicou que a participação das empresas no programa “Voa Brasil” é voluntária e que não há subsídio do governo nas passagens, que terão o preço máximo de R$200.
Além disso, as empresas serão responsáveis pela definição dos assentos e rotas. Até o momento, a Azul, Gol e Latam já se comprometeram a participar do programa. O governo está em fase de negociação com os aeroportos para oferecerem benefícios aos passageiros, para evitar taxas adicionais que encareçam a viagem.
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Cashback para passageiros?
Existe a possibilidade de devolver uma parte da taxa de embarque ao passageiro como cashback, para que ele possa gastar em produtos no aeroporto.
Dessa forma, o programa visa comercializar bilhetes aéreos durante a época de menor demanda em dois momentos distintos do ano: de fevereiro a junho e de agosto a novembro, períodos em que a taxa média de ocupação de voos domésticos é em torno de 21%.
Márcio França deu um exemplo de como o programa pode ajudar um casal de aposentados a viajar pelo Brasil pagando R$ 800 ida e volta.
Assim, se eles comprarem as passagens pelo Banco do Brasil ou pela Caixa Econômica Federal, podem parcelar em 12 vezes de R$ 72, tornando a viagem viável para muitas pessoas.
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Como funcionará?
Conforme a entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, o objetivo do programa é de intermediação entre as companhias aéreas, sem que haja subsídio do governo.
Assim, os aposentados, pensionistas, estudantes e servidores públicos que recebem até R$ 6.800 de salário terão direito a adquirir duas passagens populares por ano.
Mais detalhes sobre o Voa Brasil
Segundo a Veja, a Anac liderará um grupo de trabalho que incluirá empresas aéreas e outras entidades do setor para estabelecer novas regras.
Desse modo, o plano é começar um projeto-piloto no segundo semestre deste ano. O ministro Márcio França disse que essa será uma “revolução na aviação brasileira”.
Preço geral não deve aumentar
Márcio França afirmou que a passagem não ficará mais cara para os outros passageiros.
Assim, isso acontece porque o custo é calculado com base no número de assentos por quilômetro voado. Se mais assentos estiverem ocupados, o preço deve ficar mais barato.
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O que comentam as empresas aéreas?
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou, por meio de nota, que acompanha a proposta do governo e está disponível para contribuir com o debate.
A Abear e suas associadas têm mantido diálogo constante com o Ministério de Portos e Aeroportos desde o início do ano para discutir possíveis soluções para o crescimento do número de passageiros e destinos atendidos.
Ademais, em entrevista à EXAME, o CEO da Gol, Celso Ferrer, afirmou que a companhia teme a canibalização de preços das passagens com o programa, já que a Gol já oferece passagens por menos de R$ 200 e é preciso evitar essa situação.
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