Buscando eliminar os intermediários e não cobrar dos vendedores uma taxa fixa, um aplicativo de comércio social vem ganhando popularidade entre as donas de casa de todo o Brasil.
O aplicativo em questão é o Facily, fundado por Diego Dzodan, Luciano Freitas e Vitor Zaninotto em 2018. A empresa busca vender alimentos, bebidas e outros produtos a preços de atacado. Como resultado, o aplicativo de comércio social consegue pagar mais aos produtores e “vende mais barato” para seus consumidores.
Facily: Como funciona?
Por meio de soluções tecnológicas, Facily realiza uma desintermediação entre a cadeia de valor, alterando a base da pirâmide de consumo. Em outras palavras, se o consumidor comprar uma banana no supermercado hoje a R$ 8,40, comprará R$ 1,99 no app, sem o custo de frete.
Desse modo, a compra de produtos por meio app gamificado de Facily, conecta consumidores com os melhores preços através de compras coletivas. A inovação faz com que seja mais fácil para pessoas de baixa renda realizarem suas compras online, fornecendo pontos de coleta nas cidades que administra e oferecendo uma variedade de métodos de pagamento, de transferência bancária a dinheiro.
Uma nova forma de comprar
Atualmente existe um grande número de brasileiros que não está acostumado a realizar suas compras online, por essa razão, há um grande mercado que pode ser explorado pela Facily, que, em contrapartida, pode ajudar os consumidores a economizarem ao migrar para este novo modelo de compra coletiva.
Além disso, segundo os dados do Instituto Locomotiva divulgados em outubro de 2021, mais de 16 milhões de brasileiros ainda não possuem conta em banco, portanto, não possuem um cartão de crédito ou débito para realizarem as suas compras. Sendo assim, com este novo modelo, os brasileiros irão conseguir fazer suas compras online, pagando mais barato pelos produtos do que encontrariam em grandes redes de supermercados.
O que diz o CEO?
Diego Dzodan, cofundador e CEO da Facily, destaca que cerca de 85% da população brasileira é considerada de baixa renda. De acordo com ele, os consumidores de renda mais baixa gastam em média 65% da renda familiar com alimentação.
“Há um grande número de brasileiros que não realizam comércio eletrônico e que poderão economizar migrando para esse novo modelo de compra em grupo trazido pela Facily”, disse Dzodan.
“A nossa missão está focada em fornecer aos nossos clientes produtos de alta qualidade com os preços mais baixos, alavancando a compra em grupo e de uma maneira muito eficiente”, complementa.
Facily e planos de expansão
Através de quatro rodadas de investimentos ocorridas em 2020, a Facily levantou mais de US $366 milhões. No entanto, a empresa não parou por aí, recentemente a Facily obteve um financiamento de US $250 milhões, liderada pela norte-americana VC Goodwater Capital e do grupo de tecnologia sul-africano Prosus. A rodada também foi seguida por Rise Capital, Emerging Variant, Tru Arrow, entre outros fundos.
Através dessa volumosa expansão da capital, a empresa planeja expandir nacionalmente, atraindo novos parceiros para vender em seu site, aumentar o investimento em tecnologia e inteligência logística e aperfeiçoar a experiência do cliente.
Conforme a empresa, seu app é um dos três melhores aplicativos baixados no Brasil, um dos aplicativos de crescimento mais rápido no país. Além disso, é o aplicativo de comércio eletrônico de alimentos que mais cresce no mundo, de acordo com dados da App Annie.
Em suma, além dos planos de expansão, a Facily planeja lançar projetos-piloto em outros dois países da América Latina, que até o momento ainda não foram divulgados.