Os métodos para assegurar a concepção futura estão em alta, afinal, o congelamento de óvulos é uma alternativa que vem sendo usada desde 1986. Este procedimento permite adiar por alguns anos a gestação.
Além do congelamento de óvulos há também o de sêmen, que pode ter a mesma proposta de adiar a paternidade, como também o de preservar a qualidade dos espermatozoides seja pela idade ou antes de realizar uma cirurgia.
O sêmen congelado pode ficar armazenado por décadas, diante disto, muitos homens vêm buscando esta alternativa para poder se submeter à vasectomia como método contraceptivo sem perder a oportunidade de um dia no futuro ser pai.
Além disso, homens que passam por tratamentos intensos como o de câncer podem ter a qualidade ou quantidade dos espermatozoides alterada, portanto, o congelamento acaba se tornando uma espécie de preservação da capacidade reprodutiva.
Visto que a falência da produção dos óvulos é programada, o congelamento acaba sendo mais preconizado ao público feminino, inclusive em consultas ginecológicas de rotina, porém segundo especialistas, os homens também devem ser alertados sobre a fertilidade masculina e opções para preservá-la.
Riscos da fertilidade masculina
Além de determinados tratamentos e cirurgias aumentarem o risco da baixa produção ou qualidade inferior dos espermatozoides; há também outros fatores que podem colocar a fertilidade masculina em jogo. Veja alguns!
- Varicocele: Dilatação das veias dos testículos e cordão espermático que provoca o acúmulo de sangue na região.
- Estresse térmico: Temperaturas corporais elevadas levam à degeneração testicular e reduzem a porcentagem de espermatozoides normais e férteis na ejaculação
- Idade avançada: A idade paterna está associada a um aumento moderado na incidência de anomalias urogenitais e cardiovasculares, deformidades faciais e distúrbios cromossômicos.
- Infecções: Prostatites, uretrites, infecções urinárias e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) também afetam a capacidade reprodutiva.
Outras causas hormonais, genéticas e traumas também podem reduzir a capacidade de fertilidade masculina.
Diante desses riscos, o congelamento de sêmen surge como opção para aqueles que estão adiando a paternidade.
Mais sobre o congelamento de sêmen
Diferente do congelamento de óvulos, que preconiza a idade precoce das mulheres para preservar a qualidade das gametas; no de sêmen este não é um fator tão priorizado, mesmo sabendo que alguns estudos apontam que a partir dos 45 anos começa surgir o risco de algumas doenças neurológicas nos filhos de pais mais velhos, como autismo e esquizofrenia.
Alguns especialistas até orientam os homens a buscar o método a partir dos 40 anos, sem estabelecer uma regra ou benefício quanto à idade precoce.
Os custos do procedimento variam de três a seis mil, já a manutenção do sêmen congelado chega a R$100 mensal, diferente do congelamento de óvulos que tem o custo mais elevado.
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