A prefeitura de São Paulo informou nesta quarta-feira (8), que ingressará com uma Ação Civil Pública contra a empresa de energia Enel por descumprimento de acordo com a capital paulista e de outras normas legais.
Cabe ressaltar que pelo menos 30 mil pessoas seguem sem energia em São Paulo, de acordo com levantamento da Enel, concessionária que atua na capital e em 23 cidades da região metropolitana.
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Atendimento da Enel
Para quem não acompanhou na ocasião, vale mencionar que o apagão após o temporal que atingiu o estado de São Paulo na sexta-feira (3) impactou 2,1 milhões de pessoas atendidas pela Enel.
Então, a empresa tinha sinalizado que restabeleceria o fornecimento até essa terça-feira (7).
Ainda mais, a prefeitura informou, também, que notificará o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que medidas sejam tomadas contra a empresa.
Consumidor pode ser indenizado
Em reunião com a concessionária nessa terça-feira (7), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Em suma, a proposta é que sejam indenizados os consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A empresa tem 15 dias para responder.
Além disso, protestos de moradores contra a falta de luz bloquearam ontem (7) vias na Grande São Paulo.
A saber, na Avenida Giovanni Gronchi, na zona sul da capital, manifestantes colocaram fogo em objetos na rua. Um policial militar foi atingido por uma bala e levado ao hospital, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Pela manhã, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram manifestação em frente ao prédio da Enel, no Morumbi.
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Enterrar fios de eletricidade
O presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, confirmou que a criação de uma nova taxa a ser cobrada dos paulistanos está em discussão junto com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
A ideia é que o dinheiro obtido com a nova cobrança seja usado para enterrar fios de eletricidade.
Aliás, ele cita que a ideia não é nova e já é pauta há pelo menos um ano.
Lins afirma que o assunto foi abordado em outubro de 2022 durante reunião com o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes.
“Nós sentamos em outubro do ano passado com o prefeito Ricardo Nunes para discutir algumas alternativas. Em alguns casos a solução do enterramento pode e deve ser analisada. A pergunta é: como financiar isso? Haja vista que o enterramento de 1 km de rede elétrica custa de 8 a 10 vezes mais do que uma rede aérea”, disse.
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