A população brasileira está enfrentando a maior inflação dos últimos anos. De acordo com o IBGE, a taxa inflacionária anual chegou a 12,13% em abril, maior patamar desde outubro de 2003 (13,98%). Aliás, o nível também supera em mais de três vezes a meta centra para a inflação do país em 2022, de 3,5%.
Esse cenário revela que os brasileiros sofrem com uma alta generalizada dos preços. A saber, diversos itens estão bem mais caros, como pão, leite, óleo de soja e feijão. Os combustíveis também estão cada vez mais caros, e isso não afeta apenas os motoristas, mas toda a população.
O Banco Central (BC) vem tentando segurar a inflação no país, elevando a taxa básica de juro da economia, a Selic. Em resumo, o BC já aumentou dez vezes a Selic desde março do ano passado. A última alta ocorreu no início deste mês e fez a taxa chegar a 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017.
A propósito, uma Selic mais alta puxa consigo os juros do país, no geral. Assim, o crédito fica mais caro e as pessoas reduzem seus pedidos de empréstimos e financiamentos. Isso resulta no desaquecimento da economia, pois a demanda também cai, pressionando os preços a seguirem a mesma trajetória, ou seja, a inflação também recua.
Veja dicas para driblar os desafios da inflação elevada
Embora o BC venha elevando os juros, a taxa inflacionária continua muito forte no país. Isso faz com que a população sofra em dobro, pagando mais para adquirir produtos e serviços, bem como para contratar crédito, por exemplo. Então, a recomendação é que os brasileiros sigam algumas dicas simples, mas bastante importantes para driblar a inflação.
1- Anote o rendimento mensal e todas as despesas
Especialistas afirmam que o controle de gastos deve começar pelas anotações. A saber, as pessoas precisam saber exatamente quanto ganham por mês (sem contar os descontos). A partir disso, deverá anotar as despesas fixas do mês e ver o quanto sobra para os gastos variáveis.
É importante anotar tudo o que entra e sai, fazendo uma divisão por categorias, como alimentação, educação, saúde. Dessa forma, será mais fácil identificar os gastos menos importantes e dispensá-los para não passar o mês no sufoco.
2- Antes de comprar, reflita se é necessário
Muitos brasileiros acabam comprando no impulso, mas se arrependem depois. O problema é que essa ação acaba se repetindo recorrentemente, mostrando que o arrependimento não é suficiente para evitar situações semelhantes no futuro.
De acordo com especialistas da área financeira, o consumidor não deve comprar algo na primeira vez que encontrar o produto. Em suma, ele deve pesquisar preços mais baratos e refletir se é realmente necessário adquirir o item. Por isso, se você encontrar algo que deseja, deixe para comprar no dia seguinte. Até lá, faça um balanceamento sobre o gasto e a renda mensal.
3- Faça compras do mês
Nem todos têm esse hábito, mas a feira do mês pode fazer o dinheiro render um pouco mais. Em síntese, a inflação elevada indica que os preços dos produtos e serviços crescem fortemente no país. Isso quer dizer que um item provavelmente custará mais em um mês do que em uma semana.
Para fazer o dinheiro render mais, os consumidores devem optar pela feira do mês, mas apenas de itens duráveis e recorrentes. Em relação aos perecíveis, vale mais a pena ir ao supermercado mais vezes para que o produto seja consumido mais fresco.
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