O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 2,2 pontos em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, esta é a quarta queda seguida, após cinco meses consecutivos de alta. Com a retração, o índice caiu para 93,0 pontos. Vale ressaltar que, em setembro, o ICE teve alta de 3,0 pontos, superando o nível alcançado em fevereiro, anterior à decretação da pandemia da Covid-19 no mundo. Contudo, nos meses seguintes, houve apenas retração. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira, dia 1º.
“O recuo mais intenso da confiança empresarial em janeiro sinaliza a consolidação da tendência de desaceleração da atividade econômica esboçada no mês anterior. O índice que mede a situação atual dos negócios (ISA) caiu de forma consistente pela primeira vez desde abril passado e o índice de que mede as expectativas em relação aos meses seguintes (IE) recuou pelo quarto mês seguido. Até a Indústria, que vinha sustentando ótimos resultados, sinaliza alguma desaceleração para o restante do primeiro trimestre”, afirmou o superintendente de estatísticas da FGV, Aloisio Campelo Jr.
Em resumo, o ICE consolida os índices de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção.
Veja o que contribuiu para a queda do ICE em janeiro
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 2,7 pontos, emendando a segunda queda seguida, após sete meses consecutivos de alta, chegando aos 95,1 pontos. Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-E) também recuou (-0,6 ponto), ficando em 93,7pontos. Nesse caso, essa foi a quarta queda seguida, depois de uma sequência de cinco meses de alta.
Os indicadores de otimismo em relação à demanda dos próximos três meses e à tendência de negócios nos próximos seis meses recuaram 4,0 e 0,7 pontos, respectivamente. Igualmente, o indicador de emprego previsto para os próximos três meses caiu 1,7 ponto.
Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 43% dos 49 segmentos pesquisados. O valor ficou abaixo do registrado em dezembro (55%). Aliás, “a Indústria tem o pior resultado entre os setores em janeiro, com disseminação de alta da confiança inferior a 30%”, afirma a FGV.
LEIA MAIS
Inflação medida pelo IPC-S desacelera pela sexta vez seguida
Inflação em 2021 sobe novamente, segundo nova estimativa do mercado financeiro