O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos em junho deste na comparação com o mês anterior. A saber, esta é a terceira alta seguida, após seis meses de queda do indicador. Com o avanço, o índice chegou a 98,8 pontos, maior nível desde dezembro de 2013.
De acordo com Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o avanço em junho é um reflexo da retomada econômica do país e foi puxado, principalmente, pela indústria. Aliás, o Ibre/FGV realizou a pesquisa e divulgou os dados nesta quinta-feira (1º).
Além disso, Campelo Jr. também destacou o setor de serviços, cuja confiança saltou para o maior nível desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. “Ressalve-se que a recuperação deste setor continua ocorrendo de forma heterogênea, com os segmentos de serviços prestados às famílias avançando mais lentamente e sob influência ainda preponderante das expectativas”, afirmou.
“A aceleração do programa de vacinação é essencial para a normalização do nível de atividade deste segmento ao longo do segundo semestre”, ponderou o superintendente. Vale ressaltar que o Brasil ainda apresenta um ritmo fraco de vacinação e que precisa fortalecer a campanha nacional de imunização.
Confiança com situação atual e futura cresce em junho
O levantamento da FGV aponta que o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,3 pontos, para 98,1 pontos. Esta foi a terceira alta seguida, após quatro quedas. Isso mostra que os empresários seguem otimistas com a situação atual dos negócios no Brasil.
Da mesma, o Índice de Expectativas (IE-E) subiu no período (4,4 pontos), ajudando a impulsionar ainda mais a confiança do setor. O indicador atingiu 100,9 pontos com o terceiro avanço consecutivo, após acumular perda de 18,2 pontos entre outubro do ano passado e março deste ano.
Segundo a FGV, todos os setores que integram o ICE avançaram em junho. Aliás, a confiança cresceu para todos eles, tanto em relação à situação atual quanto aos próximos meses. A única exceção foi o comércio, cuja confiança cresceu apenas em relação à situação atual.
Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 82% dos 49 segmentos pesquisados pelo ICE em junho, mesmo percentual de maio. A FGV ainda relatou que a indústria e o setor de serviços foram responsáveis por mais de 80% da alta da confiança no mês.
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