O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,8 ponto em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, esta é a quinta queda seguida, após cinco meses consecutivos de alta. Com a retração, o índice recuou para 91,1 pontos. Vale ressaltar que, em setembro, o ICE teve alta de 3,0 pontos, superando o nível alcançado em fevereiro, anterior à decretação da pandemia da Covid-19 no mundo. Contudo, nos meses seguintes, houve apenas retração. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira, dia 1º.
“A queda da confiança empresarial em fevereiro reflete a desaceleração do nível de atividade no primeiro trimestre de 2021 e o avanço de uma nova onda de covid-19. A preocupação é maior no Setor de Serviços e, dentro dele, nos segmentos mais dependentes de consumo presencial, como alojamento, alimentação fora do domicílio e serviços pessoais em geral”, afirmou o superintendente de estatísticas da FGV, Aloisio Campelo Jr.
Em outras palavras, ele também afirmou que, mesmo com o retorno do auxílio emergencial, o setor de serviços continuará sofrendo. Em contrapartida diversos outros segmentos conseguirão acumular benefícios diretamente. Segundo Aloisio, os únicos fatos que podem mudar a trajetória do setor de serviços é elevação no ritmo da imunização brasileira. Ao mesmo tempo, também deve haver um número de hospitalizações e mortes, de maneira constante. Em resumo, o ICE consolida os índices de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção.
Veja o que contribuiu para a queda do ICE em janeiro
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 1,9 ponto, emendando a terceira queda seguida, após sete meses consecutivos de alta, chegando aos 93,4 pontos. Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-E) também recuou (-0,9 ponto), ficando em 91,8 pontos. Nesse caso, essa foi a quinta queda seguida, depois de uma sequência de cinco meses de alta.
Os indicadores de confiança de todos os setores que integram o ICE caíram na semana, exceto os do Comércio, que variou 0,2 ponto. Além disso, os indicadores de situação atual e de expectativas também caíram em fevereiro. Nesse caso, mais uma vez, os indicadores relacionados ao comércio subiram em fevereiro, o que sugere menos pessimismo no setor.
Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 37% dos 49 segmentos pesquisados. O valor ficou abaixo do registrado em janeiro (43%). Aliás, a FGV informou que nenhum setor conseguiu mostrar uma confiança superior a 50%.
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