O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,5 ponto em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. A saber, essa é a quinta alta seguida, após seis meses de queda do indicador. Com o avanço, o índice continuou acima da marca dos 100 pontos, chegando a 102,4 pontos, maior nível desde junho de 2013.
“A confiança empresarial continuou avançando em agosto, mantendo-se acima do nível neutro de 100 pontos pelo segundo mês seguido, algo que não ocorria desde outubro de 2013”, afirmou o superintendente de estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Jr.
“O resultado sugere que a atividade econômica mantém-se em aceleração no terceiro trimestre, ainda que a desagregação dos dados revele sinais de enfraquecimento da tendência na ponta. As expectativas continuam otimistas, mas pioraram ligeiramente no mês”, ponderou Campelo Jr. Aliás, o Ibre/FGV divulgou os dados nesta terça-feira (31).
“A combinação de resultados setoriais também parece sugerir uma tendência de acomodação do indicador. Houve recuo da confiança nos setores em que ela girava acima dos 100 pontos e alta nos setores em que a ela estava abaixo deste patamar”, ponderou Campelo Jr.
Confiança com situação atual sobe, mas índice de expectativas cai
Em resumo, o levantamento da FGV aponta que o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,8 ponto, para 100,5 pontos. A saber, o indicador emendou o quinto avanço seguido e atingiu o maior nível desde outubro de 2013 (100,9 pontos). Isso mostra que os empresários continuam otimistas com a situação atual dos negócios no Brasil.
Em contrapartida, o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,2 ponto no mês e limitou o avanço da confiança do setor. O indicador atingiu 103,7 pontos e interrompeu quatro altas seguidas. Aliás, o IE-E alcançou o maior nível em julho desde junho de 2013, recuando levemente neste mês.
Segundo a FGV, a confiança dos setores de serviços e construção cresceu em agosto. Por outro lado, o índice caiu para a indústria e o comércio. Em suma, as “oscilações dos índices que refletem a percepção sobre o momento atual” definiram as variações dos setores no mês.
Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 53% dos 49 segmentos pesquisados pelo ICE em agosto, percentual bem inferior ao de julho (73%). O destaque negativo no mês ficou com o setor da indústria, cujo avanço da confiança atingiu menos de 40% dos segmentos.
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