O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,3 ponto em novembro deste ano na comparação com o mês anterior. Este recuo eliminou todo o ganho registrado em outubro (1,8 ponto). Aliás, com o acréscimo do resultado, o ICS caiu para 96,8 pontos em novembro, menor patamar desde junho deste ano (93,8 pontos).
A saber, o indicador também reverteu a trajetória positiva em médias móveis trimestrais (-0,8 ponto). Este recuo interrompe a sequência de seis avanços consecutivos nessa base comparativa. A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta segunda-feira (29).
“A confiança de serviços vem oscilando nessa reta final de 2021. Em novembro, o resultado negativo do ICS foi influenciado tanto pela piora da percepção sobre o momento atual quanto das expectativas”, explicou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“A disseminação da queda sugere que o ritmo de recuperação perde um pouco de força no final do ano. Apesar do avanço do programa de vacinação, o ambiente macroeconômico frágil é que pode adicionar mais incerteza na continuidade da recuperação na virada para 2022”, acrescentou Tobler.
Índices de situação atual e expectativa caem em novembro
De acordo com a FGV, o ICS recuou em novembro devido à queda dos dois principais índices pesquisados. Em suma, o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,8 ponto, para 92,8 pontos, mantendo-se na “regiaõ de moderado pessimismo (90 a 100 pontos)”, segundo a FGV.
Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-S) também recuou no mês, mas de maneira ainda mais expressiva (-2,7 pontos), para 100,9 pontos. Assim, o IE-S se manteve acima dos 100 pontos, que é a região de otimismo, pelo quinto mês seguido.
Por fim, a FGV ressaltou que a queda na confiança dos serviços ficou bastante disseminada em novembro e atingiu 12 dos 13 segmentos pesquisados.
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