O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,3 ponto em dezembro deste ano na comparação com o mês anterior. Este recuo sucede a queda de 2,3 pontos registrada em novembro. Aliás, com o acréscimo do resultado, o ICS caiu para 95,5 pontos em dezembro, menor patamar desde junho deste ano (93,8 pontos).
A saber, o indicador também registrou sua segunda taxa negativa consecutiva em médias móveis trimestrais (-0,6 ponto). Os dois recuos interrompem uma sequência de seis avanços seguidos nessa base comparativa. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (28).
“A recuperação da confiança de serviços, que vinha ocorrendo ao longo de 2021, parece perder força no final do ano. Em dezembro, o resultado negativo foi influenciado por uma ligeira piora na demanda no momento e diminuição das expectativas sobre os próximos meses”, explicou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“Apesar do programa de vacinação seguir avançando, o cenário para os próximos meses ainda parece muito incerto, principalmente pelo ambiente macroeconômico mais frágil e a dúvida sobre nova variante”, acrescentou Tobler.
Índices de situação atual e expectativa caem em dezembro
De acordo com a FGV, o ICS recuou em dezembro devido à queda dos dois principais índices pesquisados. Em suma, o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 0,3 ponto, para 92,5 pontos, mantendo-se na “região de moderado pessimismo (90 a 100 pontos)”, segundo o FGV Ibre.
Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-S) também recuou no mês, mas de maneira ainda mais expressiva (-2,2 pontos), para 98,7 pontos. Assim, o IE-S voltou a ficar abaixo dos 100 pontos após cinco meses seguidos na região de otimismo. A saber, esse é o menor nível do índice desde maio deste ano (92,4 pontos).
Por fim, o FGV Ibre ressaltou que a confiança dos serviços no quarto trimestre ficou 1,1 ponto menor que o patamar registrado no trimestre anterior. Contudo, o instituto destacou o segmento de serviços prestados às famílias, que avançou 3,8 pontos no período.
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