O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,3 ponto em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. Esta é a quinta alta seguida do indicador após as quedas registradas entre janeiro e março. Com isso, o ICS atingiu 99,3 pontos, maior nível desde setembro de 2013 (101,5 pontos).
Da mesma forma, o indicador também avançou em médias móveis trimestrais, em 3,7 pontos. A saber, esta é a quarta alta em 2021 nessa base comparativa após cinco meses consecutivos de queda do indicador. A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta segunda-feira (30).
“A confiança do setor de serviços avançou pelo quinto mês consecutivo consolidando em patamar acima do nível pré pandemia e próximo ao nível neutro. Ao contrário do que foi observado nos últimos meses, a alta foi mais influenciada pela melhora no volume de serviços no mês, enquanto as expectativas ficaram estáveis”, explicou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“Essa combinação sugere que a recuperação do setor vem avançando em paralelo às flexibilizações na pandemia. Vale ressaltar que o cenário para os próximos meses ainda depende da recuperação da confiança do consumidor e carrega muita incerteza, especialmente associados aos riscos da variante Delta”, acrescentou Tobler.
Índice de situação atual impulsiona confiança em agosto
De acordo com a pesquisa, o ICS avançou em agosto graças ao Índice de Situação Atual (ISA-S), que subiu 2,6 pontos, para 93,0 pontos, atingindo o maior nível desde junho de 2014 (94,3 pontos).
Já o Índice de Expectativas (IE-S), que traz uma avaliação para os próximos meses, avançou 0,1 ponto em agosto, para 105,7 pontos. Dessa forma, manteve o maior nível desde novembro de 2012 (106,2 pontos).
Por fim, a FGV ressaltou que a confiança do setor de serviços está crescendo gradativamente nos últimos meses, superando o nível visto antes da pandemia. “Seguindo a mesma tendência, o saldo do emprego previsto tem dado sinais de continuidade da recuperação com resultados positivos (em médias móveis trimestrais) pelo terceiro mês consecutivo”, diz a FGV.
“O saldo corresponde ao percentual das empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses descontado do percentual de empresários que planejam reduzir. Em agosto, o saldo atingiu 10,4 pontos, maior resultado desde maio de 2014 (10,5 pontos)”.
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