O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,0 pontos em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Este é o quarto recuo consecutivo de queda do indicador. Com o acréscimo do resultado, o ICS recuou para 89,2 pontos, menor patamar desde maio de 2021 (88,1 pontos), ou seja, em nove meses.
A saber, o indicador também registrou a quarta taxa negativa seguida em médias móveis trimestrais (-2,5 pontos). Estes recuos interrompem uma sequência de seis avanços seguidos nesta base comparativa. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (25).
“Em fevereiro, a confiança de serviços manteve a trajetória descendente iniciada no final de 2021. A queda no mês ocorreu tanto pela piora da percepção sobre o volume de serviços no mês quanto pela redução de expectativas para os próximos meses”, explicou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“A desaceleração no ritmo de recuperação foi influenciada pelo surto de Covid-19, ainda que com restrições mais brandas. Para os próximos meses, as expectativas não são muito favoráveis, dado que o cenário macroeconômico tende a se manter negativo no curto prazo, com inflação resiliente, juros em alta e confiança dos consumidores em patamar baixo”, acrescentou Tobler.
Índices de situação atual e expectativa caem em fevereiro
De acordo com a FGV, o ICS recuou em fevereiro devido à queda dos dois principais índices pesquisados. Em suma, o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 2,8 pontos, para 86,6 pontos, menor patamar desde maio de 2021 (84,0 pontos).
Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-S) também recuou no mês, mas de maneira um pouco mais tímida (-1,2 pontos), para 92,0 pontos. A saber, esse é o menor nível do índice desde abril de 2021 (88,7 pontos). Aliás, tanto o ISA-S quanto o IE-S permanecem abaixo da linha de otimismo (100 pontos).
Por fim, o FGV Ibre afirmou que não houve apenas queda na confiança dos serviços. Da mesma forma, o saldo do emprego previsto também vem perdendo força na sua recuperação, ao registrar a quarta queda consecutiva em médias móveis trimestrais.
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