A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta quarta-feira (18) os dados mais recentes do seu levantamento. A saber, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 4,3% em agosto deste ano, na comparação com o mês anterior.
Esse é o terceiro avanço seguido do Icec, após cinco meses de queda. Aliás, com o acréscimo do resultado, o indicador avançou para 115 pontos. Isso mostra que o otimismo e a confiança dos comerciantes seguem crescendo em ritmo forte.
Em resumo, o Icec vem recuperando as perdas expressivas registradas desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado. A saber, o indicador atingiu a mínima histórica em junho de 2020 (66,7 pontos), quando caiu 28,6% em relação a maio.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o avanço da vacinação contra a Covid-19 continua impulsionando a retomada econômica do Brasil. Com a continuação destas ações, o país começa a vislumbrar um segundo semestre bem mais positivo que o primeiro, segundo ele.
“Mesmo com alta digitalização do comércio e adoção de serviços de delivery, seja em shopping centers ou lojas de rua, é um segmento que tende a acompanhar essa movimentação física das pessoas”, ponderou Tadros. Segundo ele, o setor de comércio ainda depende muito de vendas presenciais.
Componentes do Icec sobem em agosto
“O indicador aponta um segundo semestre mais positivo, com vendas impulsionadas por datas comemorativas que têm tudo para acontecer acima do ano passado. Além disso, há uma nítida sensação de que as condições atuais da economia evoluíram até o momento, colocando o olhar dos comerciantes sobre a crise no espelho retrovisor”, afirmou o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton.
Segundo o levantamento, todos os componentes do Icec avançaram em agosto, com destaque para o componente que se refere à expectativa dos empresários para os próximos meses, que atingiu 151,3 pontos. Assim, ficou ainda mais afastado do componente de intenção de investimentos (101,7 pontos) e percepção de melhora da economia (92,1 pontos).
Por fim, vale ressaltar que o último componente está reduzindo a distância aos 100 pontos, mas ainda se encontra na zona de insatisfação. A saber, o patamar de 100 pontos indica neutralidade, ou seja, números abaixo desse nível indicam pessimismo, enquanto valores mais altos apontam otimismo.
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