O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) saltou 11,7% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. Dessa forma, avançou para 107,8 pontos, emendando a segunda alta consecutiva que interrompeu um período de cinco meses seguidos de queda.
Assim, o Icec voltou a superar os 100 pontos, nível de otimismo do indicador. A saber, o indicador estava há três meses seguidos com taxas inferiores a esse patamar. Contudo, as recentes elevações mostram que os comerciantes estão com uma percepção mais positiva para as condições econômicas do país nos próximos meses.
Em resumo, o Icec vem recuperando as perdas expressivas registradas desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado. A saber, o indicador atingiu a mínima histórica em junho de 2020 (66,7 pontos), quando caiu 28,6% em relação a maio.
Com a recuperação após esse período, o indicador voltou a superar os 100 pontos em outubro de 2020, ficando até março deste ano nesse patamar, retornando para ele em julho. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, divulgou as informações ontem (17).
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a vacinação contra a Covid-19 vêm impulsionando a retomada econômica do Brasil. Com a continuação destas ações, o país começa a vislumbrar um segundo semestre bem mais positivo que o primeiro, segundo ele.
“O índice passou a refletir o alento das expectativas dos comerciantes quanto à evolução das medidas de estabilização econômica. A avaliação positiva retrata, principalmente, a percepção de que as condições gerais da economia estão mais favoráveis”, ressaltou Tadros.
Componentes do Icec sobem em julho
Segundo o levantamento, todos os componentes do Icec avançaram em julho, algo que não acontecia desde setembro de 2020. A propósito, o destaque do mês ficou com o componente confiança dos comerciantes em relação às condições atuais, que disparou 29,2%.
O avanço deste índice foi puxado, principalmente, pela percepção de melhora da economia (40,2%). Com isso, o índice de condições atuais reduziu a distância aos 100 pontos, disparando de 66,8 para 81,5 pontos. Já a expectativa dos empresários para os próximos meses cresceu mais timidamente (5,6%) e alcançou 145,2 pontos.
Por fim, o terceiro índice do Icec é a intenção de investimentos, que subiu 8,5% no mês, para 96,8 pontos. Como visto, as condições atuais continuam exercendo a maior influência negativa no resultado do Icec.
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