A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou os dados mais recentes do seu levantamento sobre o comércio brasileiro. A saber, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 1,2% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior.
O recuo eliminou quase todo o ganho registrado em janeiro (+1,4%). No entanto, o Icec fechou o bimestre em alta de 0,2%, resultado bem melhor que a queda de 2,7% registrada no primeiro bimestre de 2020.
Com o acréscimo deste resultado, o indicador caiu para 119,3 pontos. Embora tenha recuado, a confiança dos comerciantes permanece na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, pelo oitavo mês consecutivo.
Em resumo, o Icec sofreu fortes perdas devido à pandemia da Covid-19. O indicador atingiu a mínima histórica em junho de 2020 (66,7 pontos), quando despencou 28,6% em relação a maio. Contudo, se recuperou em 2021 e fechou o ano com alta de 10%.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar da queda em fevereiro, o índice segue em recuperação. Tadros citou o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a melhora das condições econômicas do Brasil como fatores que impulsionaram a confiança dos consumidores nos últimos meses. Por outro lado, a inflação aumentou o desânimo dos comerciantes no mês.
“Os resultados refletem as condições operacionais que envolvem as atividades comerciais. Com a energia elétrica e os combustíveis mais caros, os preços no atacado pressionando a formação de preços ao consumidor, os juros ascendentes e o consumo ainda morno, o empresariado demonstra receio”, disse Tadros.
Todos os componentes do índice de confiança caem no mês
Segundo a CNC, todos os componentes do Icec recuaram em fevereiro na comparação mensal. A maior queda veio do subíndice expectativas do empresário do comércio (-1,6%), seguido por condições atuais do empresário do comércio (-1,4%) e intenções de investimento (-0,9%).
Embora tenha tido a maior queda, o subíndice expectativas do empresário do comércio continuou com a maior pontuação entre os componentes do Icec (150,6 pontos). Na sequência, ficaram intenções de investimento (107,0 pontos) e condições atuais (100,4 pontos).
Segundo o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, os empresários continuam preocupados com o cenário atual do Brasil. Em suma, o país não está oferecendo condições positivas para a gestão e a condução do negócio.
Por fim, a CNC também revelou que 54,2% dos empresários disseram que as condições econômicas do país pioraram. Dessa forma, os o número de empresários otimistas (45,8%) foi menor que os pessimistas. Resta esperar para ver se a inflação vai cair ou não.
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