O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,0 ponto em outubro na comparação com o mês anterior. Assim, o indicador passou para 76,3 pontos após cair para o menor patamar desde abril (72,1 pontos). Aliás, o avanço interrompe dois meses seguidos de queda do índice. Apesar da alta, o indicador continua em nível historicamente baixo.
A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (25). Embora o índice tenha subido em outubro, continuou negativo em médias móveis trimestrais (-2,0 pontos), segunda queda consecutiva do indicador.
“Após dois meses de queda, a confiança volta a apresentar resultados positivos. A melhora foi influenciada por uma revisão das expectativas sobre as finanças familiares, que haviam despencado no mês passado”, explicou a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
“Essa reavaliação parece relacionada à uma recuperação das expectativas sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. Contudo, consumidores se mantem cautelosos em relação a intenção de compra de bens duráveis. O aumento da incerteza, o aumento dos preços e a demanda represada por serviços na pandemia podem estar contribuindo para frear o consumo desses produtos”, acrescentou Bittencourt.
Componentes do ICC sobem em outubro
De acordo com o levantamento, o aumento da confiança aconteceu devido a leve alta de 0,2 ponto do Índice de Situação Atual (ISA), para 69,0pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,3 pontos, para 82,4 pontos. Ambos os avanços impulsionaram o ICC em outubro.
A FGV também destacou que “o indicador que mede percepção dos consumidores sobre à situação econômica no momento variou 0,3 ponto em outubro, para 74,8 pontos”. Por sua vez, o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais teve leve alta de 0,2 ponto, para 63,8 pontos. Apesar do avanço, ambos os indicadores se mantêm em nível muito baixo em termos históricos.
Por fim, a análise mostrou que a confiança caiu apenas para os consumidores com renda de até R$ 2.100,00. Os consumidores desta faixa de renda ficaram 1,4% menos confiantes, com o indicador caindo para 63,7 pontos. Já a confiança para a faixa de renda entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 saltou 5,3 pontos, para 73 pontos em outubro.
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