O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3 ponto em julho, na comparação com o mês anterior. Aliás, esse é o quarto mês seguido de alta do indicador, que ocorrem após a forte queda de 9,8 pontos em março. À época, o índice havia caído para o menor valor em quase um ano.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (26). Com o acréscimo do resultado de julho, o ICC subiu para 82,4 pontos. Já em médias móveis trimestrais, o índice avançou 3,2 pontos, segunda alta consecutiva após seis meses seguidos de queda.
A coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, afirmou que as perspectivas para o futuro estão melhorando. No entanto, “os consumidores vem tendo dificuldade de recuperação financeira, principalmente as famílias de menor poder aquisitivo que tem mais dificuldade de obter emprego, organizar as finanças familiares e sofrem maior impacto do aumento dos preços principalmente dos alimentos“, disse.
Em outras palavras, Seda Bittencourt ressaltou que o ritmo da vacinação contra a Covid-19 precisa se manter forte para que novas variantes do novo coronavírus não surjam. Dessa forma, a confiança dos consumidores seguirá em trajetória ascendente.
Indicadores componentes do ICC têm movimentos diferentes em julho
De acordo com o levantamento, o crescimento da confiança aconteceu devido ao avanço de 2,5 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 90,8 pontos. A propósito, esse é o quarto mês seguido de alta do indicador, que atingiu o maior nível desde setembro de 2020.
Em contrapartida, o Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,7 ponto, para 70,9 pontos, após três avanços consecutivos. Esse recuo limitou o ganho do ICC em julho, cujo avanço foi o mais tímidos dos últimos quatro meses. Isso aconteceu por causa das quedas dos indicadores de satisfação dos consumidores (-0,1 ponto) e de satisfação com as finanças pessoais (-1,2 ponto).
A FGV ressaltou que o indicador que mede o ímpeto de compras para próximos meses emendou a quarta alta seguida ao subir 0,6 ponto para 65,2 pontos. Apesar do avanço, o indicador ainda está bem abaixo do nível registrado antes da pandemia da Covid-19, entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020 (82,7 pontos).
Por fim, a análise mostrou aumento de 3,3 pontos da confiança para consumidores com renda acima de R$ 9.600,00, para 93,2 pontos, maior valor desde janeiro de 2020. Contudo, a confiança entre os consumidores de renda mais baixa caiu 2,4 pontos, para 71,7 pontos.
Leia Mais: Aprenda a turbinar sua reserva financeira para emergências