O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 0,6 ponto em dezembro deste ano na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador chegou a 75,5 pontos. Embora tenha avançado no mês, o ICC continua em nível historicamente baixo.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (22). Com o acréscimo do resultado de dezembro, o indicador voltou a apresentar uma variação positiva em médias móveis trimestrais (+0,1 ponto), após três recuos seguidos.
No entanto, o avanço do ICC em dezembro não impediu a queda do indicador no ano. Em resumo, o índice de confiança do consumidor encerrou 2021 acumulando um recuo de 2,6 pontos.
“A confiança do consumidor apresenta um resultado positivo em dezembro mas fecha 2021 em queda de 2,6 pontos. Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo”, disse a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
“2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda”, acrescentou a coordenadora.
Componentes do ICC têm trajetórias diferentes em dezembro
De acordo com o levantamento, o avanço da confiança em dezembro aconteceu devido à alta de 2,0 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 83,4 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu no mês (-1,3 ponto), para 65,6 pontos. Diante destes resultados, o ICC acabou avançando levemente no mês.
Além disso, o FGV Ibre também destacou que a “piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada por deterioração da situação financeira das famílias”. Em suma, o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais recuou 2,9 pontos no mês, para 59,2 pontos.
Já o índice que traz dados sobre a percepção dos consumidores em relação à situação econômica teve leve alta de 0,3 ponto, para 72,8 pontos. Seja como for, ambos os indicadores permanecem em níveis historicamente baixos, segundo o FGV Ibre.
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