O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,4 ponto em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador recuou para 74,1 pontos, menor patamar desde abril de 2021 (72,1 pontos). Aliás, o ICC continua em nível historicamente baixo.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (25). Com o acréscimo do resultado de janeiro, o indicador voltou a apresentar uma variação negativa em médias móveis trimestrais (-0,7 ponto).
Vale destacar que o ICC encerrou 2021 acumulando uma queda de 2,6 pontos.
“A confiança dos consumidores inicia 2022 em queda, influenciada pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. A retomada do auxílio emergencial e uma percepção mais favorável sobre o mercado de trabalho parecem ter contribuído para a redução da distância entre a confiança dos consumidores de alta e baixa renda”, disse a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
“A piora das expectativas com relação à situação econômica geral e às finanças familiares, no entanto, sugerem que a relativa satisfação com a situação corrente em janeiro pode ser temporária, havendo ainda muita incerteza quanto à evolução do endividamento das famílias de baixa renda”, acrescentou a coordenadora.
Viviane Seda Bittencourt ainda afirmou que a melhora da situação atual do Brasil só ocorrerá quando o mercado de trabalho se recuperar. Ao mesmo tempo, a coordenadora citou o controle da inflação como fator fundamental para a redução da incerteza no país. Isso sem falar no avanço da variante Ômicron e da Influenza e nas eleições presidenciais.
Componentes do ICC têm trajetórias diferentes em janeiro
De acordo com o levantamento, o recuo da confiança em janeiro aconteceu devido à queda de 2,7 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 80,7 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto no mês, para 65,6 pontos, reduzindo levemente o recuo do ICC.
O FGV Ibre destacou que o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica nos próximos meses puxou o IE para baixo. Em suma, o indicador tombou 4,5 pontos em janeiro, para 99,6 pontos, voltando a ficar abaixo do patamar de neutralidade (100 pontos).
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