O cenário geopolítico da Europa está bastante instável. Desde a invasão da Rússia à Ucrânia no dia 24 de fevereiro, as incertezas dominam os países europeus. Contudo, o índice de confiança do consumidor da zona do euro teve uma melhora inesperada em abril e surpreendeu os economistas.
Em resumo, a confiança dos europeus passou de -18,7 pontos em março para -16,9 pontos em abril. Embora a taxa continue bastante negativa, reflete a melhora do índice neste mês. Aliás, o resultado também veio bem melhor que o esperado pelo mercado, visto que os economistas projetavam uma queda para -20 pontos em abril.
De acordo com a Comissão Europeia, que divulgou os dados nesta semana, o resultado surpreendeu devido à situação atual da Europa. Em suma, a região sofre com os conflitos na Ucrânia e com o crescente aumento do custo de vida da população.
Ambos os fatores fariam a confiança local manter a sua tendência de queda, mas o resultado veio melhor que o esperado. Inclusive, o avanço é o primeiro após seis meses consecutivos de queda do indicador, ou seja, a última vez que o índice havia subido foi em setembro.
Vale destacar que o índice de confiança segue bem abaixo da média a longo prazo. Não há como falar que o resultado indica uma tendência de alta, uma vez que a subida é a primeira em sete meses. No entanto, também deve-se ressaltar o avanço do indicador na União Europeia (UE), de -19,6 pontos em março para -17,6 pontos em abril.
Inflação ao consumidor na zona do euro bate recorde em março
Nesta semana, o Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia (UE), também revelou que a inflação ao consumidor da zona do euro atingiu o maior patamar já registrado na história. A saber, a inflação acumulada em 12 meses disparou de 5,9% em fevereiro para 7,4% em março.
Este nível é 3,7 vezes superior à meta do Banco Central Europeu (BCE) para a zona do euro, de 2% ao ano. Em síntese, os preços da energia foram os principais responsáveis pela disparada da inflação, visto que suas taxas anuais saltaram de 32% em fevereiro para 44,4% em março.
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