O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,7 pontos em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador avançou para 77,0 pontos, maior patamar desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Apesar do avanço, o ICC continua em nível historicamente baixo.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (22). Com o acréscimo do resultado de fevereiro, o indicador voltou a apresentar uma variação positiva em médias móveis trimestrais, avançando 0,7 ponto, para 75,5 pontos.
Vale destacar que o ICC encerrou 2021 acumulando uma queda de 2,6 pontos.
“Em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos”, disse a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
“O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos”, acrescentou a coordenadora.
No entanto, Viviane Bittencourt ressaltou que é preciso ter cautela, pois o nível do ICC ainda está muito baixo. Além disso, ela citou a volatilidade do indicador. Em suma, “a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo”.
Componentes do ICC sobem em fevereiro
De acordo com o levantamento, o avanço da confiança em fevereiro aconteceu devido à alta de 3,8 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 84,5 pontos. Da mesma forma, o Índice de Situação Atual (ISA) também avançou no mês (+1,5 ponto), para 67,6 pontos, segundo mês de alta.
O FGV Ibre também revelou que o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 1,7 ponto, para 61,7 pontos. Já o índice que mede a percepção sobre a situação econômica atual avançou 1,0 ponto, para 74,0 pontos, terceiro mês de alta. Embora tenham registrado acréscimo, ambos continuam em nível historicamente baixo.
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