O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,1 ponto em outubro na comparação com o mês anterior. Essa leve alta interrompeu dois meses de queda. Aliás, com o acréscimo desse resultado, o indicador passou para 94,2 pontos e continua abaixo dos 100 pontos, indicando que a confiança do comércio segue fraca.
Em médias móveis trimestrais, o indicador continuou em sua trajetória descendente (-2,3 pontos). A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (28).
“Após dois meses em queda, a confiança do comércio acomodou em outubro. O resultado desse mês foi influenciado mais uma vez pela piora na percepção do ritmo de vendas que ocorre há três meses consecutivos”, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler.
“Por outro lado, as expectativas pararam de cair, recuperando parte do que foi perdido no último mês. O cenário para o setor ainda se mostra desafiador com a confiança do consumidor em patamar muito baixo, incerteza elevada, avanço da inflação e recuperação lenta do mercado de trabalho”, ponderou o coordenador.
Confiança cai nos principais segmentos pesquisados
De acordo com o levantamento, a confiança caiu em três dos seis principais segmentos do comércio. Em resumo, o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 3,9 pontos em outubro, para 93,3 pontos. Esse é o menor valor para o índice desde abril (87,3 pontos).
Em contrapartida, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 3,8 pontos em outubro, para 95,3 pontos. Esse foi o terceiro recuo seguido do indicador, que caiu para o menor nível desde maio deste ano (94,9 pontos).
Por fim, a FGV ressaltou que a recuperação da confiança do comércio perde força a cada mês. E isso está acontecendo, principalmente, por causa da percepção dos empresários em relação à situação atual do país.
“Nesse mesmo sentido, o Indicador de Desconforto também interrompeu a tendência positiva dos últimos meses, ficando relativamente estável e sugerindo que o setor ainda encontra dificuldades para manter o ritmo de recuperação dos meses anteriores”, disse a FGV.
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