O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 0,1 ponto em agosto, na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo do resultado, o indicador caiu para 100,9 pontos após atingir o nível mais alto desde janeiro de 2019 (102,3 pontos) em julho. Já em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2,3 pontos, quarto mês seguido de alta.
O destaque de agosto é o sinal de alerta ligado pelo recuo, apesar de leve. Em resumo, o resultado negativo põe em xeque a recuperação do setor, que emendou quatro altas seguidas antes dessa queda. A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (30).
“A confiança do comércio acomodou em agosto, após quatro meses de altas consecutivas. Diferentemente dos últimos meses, houve uma percepção de piora da situação dos negócios que está relacionada a uma redução na demanda atual enquanto as expectativas continuaram evoluindo positivamente“, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler.
“O resultado ainda não significa uma reversão da tendência positiva que vem ocorrendo desde abril, mas acende o sinal de alerta sobre o ritmo de recuperação do setor. A recuperação da confiança dos consumidores continua sendo fundamental para continuidade da retomada, assim como o controle da pandemia”, ponderou o coordenador.
Confiança sobe nos principais segmentos pesquisados
De acordo com o levantamento, a confiança subiu em cinco dos seis principais segmentos do comércio. Em resumo, o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 3,5 pontos em agosto, para 96,7 pontos. Esse é o maior valor para o índice desde fevereiro de 2020 (107,0 pontos).
Em contrapartida, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,7 pontos no mês, para 105,0 pontos. Nesse caso, o índice interrompeu uma sequência de quatro meses seguidos de avanço. Aliás, o ISA-COM havia chegado ao maior nível desde dezembro de 2010 (110,2 pontos) no mês anterior.
Por fim, a FGV ressaltou que, “apesar da relativa estabilidade registrada em agosto, o ICOM continua com tendência positiva na série em médias móveis trimestrais” e que “os resultados favoráveis dos últimos meses têm sido mais homogêneos entre os segmentos do setor”.
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