O Índice de Confiança do Comércio (Icom) despencou 6,2 pontos em novembro deste ano na comparação com o mês anterior. Essa queda sucede a leve alta de 0,1 ponto registrada em outubro. Aliás, com o acréscimo desse resultado, o indicador caiu para 88,0 pontos e continua abaixo dos 100 pontos, indicando que a confiança do comércio segue mais fraca.
Em médias móveis trimestrais, o indicador continuou em sua trajetória descendente (-4,3 pontos). A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (29).
“A queda do ICOM em novembro reforça o cenário de desaceleração do setor no último trimestre de 2021. O resultado negativo teve influência tanto da piora na percepção do ritmo de vendas quanto das expectativas sobre os próximos meses, distanciando o ICOM do nível neutro de 100 pontos”, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler.
“O cenário para os próximos meses não é muito animador, dado que a confiança dos consumidores ainda se encontra muito baixa, a inflação segue em alta, os juros subindo e o mercado de trabalho ainda reagindo gradualmente”, explicou o coordenador.
Confiança cai em cinco dos seis segmentos pesquisados
De acordo com o levantamento, a confiança caiu em cinco dos seis principais segmentos do comércio. Em resumo, o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 5,1 pontos em novembro, para 88,2 pontos. Esse é o menor valor para o índice desde junho deste ano (87,6 pontos).
Da mesma forma, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) também caiu em novembro (-7,0 pontos), para 88,3 pontos. Esse foi o quarto recuo seguido do indicador, que caiu para o menor nível desde abril deste ano (81,6 pontos).
Por fim, a FGV ressaltou que a recuperação da confiança do comércio perde força a cada mês. Aliás, a entidade ressalta que tanto a percepção da situação atual quanto as expectativas para o futuro estão caindo. “Esse resultado sugere que a desaceleração do setor tem sido percebida no ritmo de vendas, mas há também uma cautela com o início de 2022”, disse a FGV.
Leia Mais: Minério de ferro inicia semana em alta, apesar de temor global