O Índice de Confiança do Comércio (Icom) saltou 5,1 pontos em julho, na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo do resultado, o indicador atingiu 101,0 pontos, nível mais alto deste janeiro de 2019 (102,3 pontos). Já em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 5,6 pontos, terceiro mês seguido de alta.
Vale ressaltar que o Icom registrou queda de janeiro a março deste ano. Por isso, as médias móveis trimestrais seguiram negativas até abril. E isso ocorreu devido aos altos números de casos e mortes provocados pela Covid-19 no país. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou as informações nesta quinta-feira (29).
“A confiança do comércio voltou a acelerar no início do segundo semestre, deixando o ICOM acima de 100 pontos, o que não acontecia desde 2019. Os empresários do setor continuam observando melhora no ritmo de vendas, e, nesse mês, as expectativas com os próximos meses também voltaram a melhorar“, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler.
“A manutenção dos resultados positivos do setor depende do avanço no programa de vacinação e da melhora da confiança dos consumidores. Um cenário que ainda contém riscos e que carece da recuperação do mercado de trabalho”, ponderou o coordenador.
Confiança sobe nos principais segmentos pesquisados
De acordo com o levantamento, a confiança subiu nos seis principais segmentos do comércio. Em resumo, o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 5,6 pontos em julho, recuperando quase toda a perda registrada no mês anterior (-5,9 pontos). Assim, o índice avançou para 93,2 pontos.
Da mesma forma, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu no mês (4,5 pontos), para 108,7 pontos. Nesse caso, o índice registrou seu quarto mês consecutivo de avanço e chegou ao maior nível desde dezembro de 2010 (110,2 pontos).
Por fim, a FGV ressaltou que as empresas citam a pandemia desde março do ano passado como fator limitante da melhora de seus negócios. No entanto, o indicador de desconforto vem atingindo taxas menos expressivas nos últimos meses. Isso indica que “a redução das restrições tem beneficiado a percepção dos empresários do setor”, afirmou a FGV.
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