O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,2 ponto em outubro deste ano na comparação com o mês passado. A saber, esse é o terceiro mês seguido de queda após uma sequência de quatro meses de avanço, o que fez o ICI recuar para 105,2 pontos.
Em dezembro de 2020, o ICI havia atingido o maior nível em mais de seis anos (116,1 pontos). No entanto, a confiança do setor acabou afundando nos primeiros meses de 2021. Isso aconteceu devido ao agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, que enfrentava a segunda onda da crise sanitária.
Além disso, o levantamento também revelou que o indicador caiu 1,1 ponto na média móvel trimestral. A propósito, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta quarta-feira (27).
“Embora a confiança da indústria ainda esteja em nível elevado e acima dos níveis pré-pandemia, o otimismo quanto à situação futura do segmento industrial para os próximos meses retornou para o nível próximo do considerado neutro, indicando a expectativa de manutenção do cenário atual”, afirmou a economista da FGV, Claudia Perdigão.
“Essa avaliação ocorre em meio a pressões de custos, desemprego elevado, instabilidades econômicas e institucionais persistentes, tornando a conjuntura futura mais incerta e menos favorável a planos de expansão da produção”, explicou a economista.
Índices sobre situação atual e expectativas caem
O levantamento da FGV também mostrou que o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,9 ponto em outubro, para 108,3 pontos, menor nível desde setembro de 2020 (107,3 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu ainda mais no mês (-1,7 ponto), para 99 pontos, menor patamar desde maio (99 pontos).
O destaque do ISA em outubro ficou com o indicador que mede a situação atual dos negócios, que subiu 3,1 pontos, para 106,2 pontos. Em contrapartida, o indicador que mede a demanda total caiu pelo quarto mês seguido (-1,0 pontos), para 106,6 pontos. Já o indicador que mede o nível de estoques tombou 4,8 pontos, mas segue em patamar elevado (112,0 pontos).
Já no IE, o indicador que mede a produção prevista para os próximos três meses caiu 1,3 ponto, para 98,4 pontos. A tendência de negócio para os próximos seis meses mostrou ainda menos confiança (-3,4 pontos), exercendo o maior impacto no IE em outubro. Já as intenções de contratações ficaram estáveis, bem como o indicador de emprego previsto.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) subiu 1,1 ponto percentual (p.p.), para 81,3%. A saber, esse é o maior nível do indicador desde novembro de 2014.
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