O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 3,3 pontos em julho deste ano na comparação com o mês anterior. Com esse avanço, o índice alcançou 95,7 pontos, maior nível desde março de 2014 (96,3 pontos). Aliás, o ICST também registrou o segundo avanço do ano em médias móveis trimestrais, subindo 3,6 pontos.
A saber, este é o terceiro mês consecutivo de avanço do índice, após quatro meses seguidos de queda. O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou o levantamento dos dados. A divulgação das informações aconteceu nesta terça-feira (27).
“A sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses. Ou seja, volta a prevalecer um cenário levemente otimista”, disse a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
“Se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021, esse efeito foi atenuado”, destacou. No entanto, Maria Castelo afirmou que isso não é resultado de queda nos preços. Na verdade, as empresas estão esperando que a demanda final absorva grande parte destes aumentos.
Confiança sobe graças às expectativas mais positivas
De acordo com a FGV, a melhora nas perspectivas dos empresários para os próximos meses elevou o ICST. O Índice de Expectativas (IE-CST) disparou 6,8 pontos, para 102,2 pontos, terceira alta seguida após seis meses de queda. A propósito, o nível estava em 99,0 pontos antes da pandemia da Covid-19.
Em resumo, o IE-CST subiu em julho graças ao salto de 6,4 pontos do indicador de demanda prevista, para 102,3 pontos e ao forte avanço de 7,2 pontos do indicador referente à tendência de negócios, para 102,0 pontos. Ambos os resultados impulsionaram o índice no mês
Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) teve leve recuo em julho (-0,1 ponto) para 89,4 pontos. A saber, a queda ocorre após dois meses de alta. O principal fator que puxou o índice pra baixo foi a forte queda de 4,3 pontos da situação atual dos negócios, para 88,3 pontos.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) caiu 3,7 pontos percentuais (p.p.), para 73,7%. Em suma, a queda foi puxada por ambos os indicadores do NUCI, o de mão de obra e o de máquinas e equipamentos. Ambos caíram 3,7 p.p. para 75,2% e 66,6%, respectivamente.
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