O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,9 ponto em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior, para 93,7 pontos. Embora tenha avançado, o indicador recuperou apenas uma pequena parte das perdas registradas em janeiro (-3,9 pontos).
Aliás, mesmo com o avanço no mês, o índice permanece no nível de “percepção de pessimismo moderado”. Em resumo, dados inferiores a 100 pontos indicam pessimismo, enquanto níveis superiores a essa marca correspondem ao crescimento da confiança do setor.
Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,5 ponto, segundo resultado negativo seguido. A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (23).
“Entre janeiro e fevereiro, não houve grandes mudanças no cenário setorial. Assim, a alta da confiança no mês surpreende por refletir expectativas de curto prazo mais favoráveis. Houve a percepção de que o pessimismo do mês anterior foi exagerado e agora o indicador retoma um patamar que aponta cautela com a evolução da demanda nos próximos meses”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo.
“O fato é que as empresas vivem um cenário de muita incerteza: juros e custos em elevação aumentam a imprevisibilidade para o setor. Provavelmente ao longo do ano, essas oscilações da confiança deverão ser recorrentes”, acrescentou a coordenadora.
Índices do ICST seguem direções opostas no mês
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 0,8 ponto em fevereiro, para 89,9 pontos. Esse é o menor nível desde julho do ano passado (89,4 pontos). Aliás, o resultado ocorreu mais uma vez devido à queda do indicador de carteira de contratos, que caiu 1,4 ponto no mês, para 90,0 pontos.
Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 2,7 pontos em fevereiro, para 97,7 pontos. Esse avanço eliminou o impacto negativo do ISA-CST e fez o índice de confiança subir no mês. Em suma, o indicador que mede a demanda prevista teve forte alta de 4,7 pontos, para 101,1 pontos, e impulsionou o IE-CST em fevereiro.
Já o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 0,3 ponto percentual (p.p.) no mês, para 75,2%. A saber, o indicador de mão de obra teve alta de 0,3 p.p., para 76,6%, enquanto o de máquinas e equipamentos subiu 0,5 p.p., para 69,2%.
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