O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, recuou 0,8 ponto em novembro deste ano na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo deste resultado, o índice caiu para 95,3 pontos. O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (25).
A saber, a queda em novembro é a segunda consecutiva e sucede cinco meses de alta do índice. Inclusive, o ICST havi alcançado o maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos) em setembro. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,3 ponto após cinco resultados positivos.
“A segunda queda consecutiva da confiança dos empresários da construção reflete um final de ano com cenário mais desafiador para empresas”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
“A atividade perdeu força em novembro, embora ainda predomine a percepção de crescimento. Por outro lado, a alta das taxas de juros, uma inflação mais disseminada e custos crescentes minam as expectativas de continuidade da tendência de melhora dos negócios”, acrescentou a coordenadora.
Confiança cai devido ao menor otimismo com o futuro
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) se manteve estável em novembro, em 92,0 pontos. O resultado ocorreu devido às variações dos seguintes subíndices: indicador de situação atual dos negócios (+1,0 ponto) e indicador de carteira de contratos (-1,0 ponto). Com isso, o resultado se manteve estável no mês.
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,6 ponto em novembro, para 98,7 pontos. Esse é o menor nível desde junho e faz o indicador ficar abaixo do nível neutro (100,0 pontos). Em suma, a queda do indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses (-2,3 pontos) e do indicador de demanda prevista (-1,0 pontos) derrubou o IE-CST em novembro.
Em contrapartida, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 1,7 ponto percentual (p.p.), para 77,3%. A saber, o indicador de mão de obra subiu 1,7 p.p., para 78,6 %, enquanto o de máquinas e equipamentos avançou 1,8 p.p., para 70,1%.
Por fim, a FGV destacou que o “a alta dos preços dos materiais tornou-se a maior limitação à melhoria dos negócios das empresas da construção, movimento simultâneo à alta dos custos setoriais”. Na verdade, esse problema vem limitando o setor nos últimos tempos.
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