O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,3 ponto em outubro deste ano na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo do resultado, o índice caiu para 96,1 pontos após atingir o maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos) em setembro.
A saber, o recuo em outubro interrompeu uma sequência de cinco meses consecutivos de alta do ínidce. Em médias móveis trimestrais, o ICST teve leve alta de 0,1 ponto. O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (26).
“Uma avaliação mais negativa dos negócios no presente levou à primeira queda da confiança do setor em seis meses. O movimento reflete percepções diferentes dos empresários nos vários segmentos: a confiança caiu entre as empresas de Preparação de Terrenos, mas voltou a crescer no segmento de Edificações”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
“De todo modo, o indicador consolidado de evolução da atividade acomodou em patamar que sinaliza uma percepção positiva das empresas, com uma posição mais favorável do que antes da pandemia Covid-19”, acrescentou a coordenadora.
Confiança cai devido ao menor otimismo com a situação atual
De acordo com a FGV, o recuo no Índice de Situação Atual (ISA-CST), que caiu 0,7 ponto no período, derrubou o ICST no mês. Com esta variação, o ISA-CST caiu para 92,0 pontos após atingir o maior nível desde agosto de 2014 (93,0 pontos) em setembro.
Aliás, o índice caiu, principalmente, por causa do recuo de 1,4 ponto do indicador que mede a situação atual dos negócios, para 90,8 pontos. Já o indicador de carteira de contratos se manteve relativamente estável neste mês, com leve alta de 93,3 para 93,4 pontos.
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) variou 0,1 ponto em outubro, para 100,3 pontos. A saber, o indicador de demanda prevista subiu 0,6 ponto, para 101,8 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios recuou 0,4, para 98,8 pontos.
Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 0,6 ponto percentual (p.p.), para 75,6%. Em suma, o indicador de mão de obra subiu 0,7 p.p., para 76,9%, enquanto o de máquinas e equipamentos se manteve estável em 68,3%.
Por fim, a FGV destacou que o “custo dos materiais ganhou destaque entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios das empresas” desde o segundo semestre de 2020.
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