O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV Ibre, subiu 1,4 ponto em dezembro deste ano na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo deste resultado, o índice avançou para 96,7 pontos, maior patamar desde janeiro de 2014 (97,8 pontos). Aliás, o crescimento ocorre após dois meses de queda.
Embora tenha avançado no mês, o indicador ainda representa uma “percepção de pessimismo moderado”. Em resumo, dados inferiores a 100 pontos indicam pessimismo, enquanto níveis superiores a essa marca correspondem a otimismo do setor.
Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,1 ponto após ter recuado em novembro. A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (23).
“No último mês de 2021, a situação corrente dos negócios alcançou uma posição melhor do que antes da pandemia, embora ainda permaneça em posição que representa uma percepção de pessimismo moderado”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo.
“Um ponto de destaque é que a atividade cresceu na comparação com 2020 e 2019. No que diz respeito às expectativas, o indicador recuperou a percepção de neutralidade, mas se mantém abaixo nível alcançado em dezembro de 2019”, acrescentou a coordenadora.
“Nota-se que os empresários se mantêm cautelosos em relação às perspectivas para os negócios nos próximos meses. É um sentimento que decorre da própria piora da conjuntura e de sua repercussão sobre variáveis chaves para o setor”, disse Maria Castelo.
Confiança sobe graças a avanço dos índices
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,8 ponto em dezembro, para 92,8 pontos. O resultado ocorreu, principalmente, devido à alta do subíndice indicador de carteira de contratos, que subiu 1,4 ponto no mês, para 93,8 pontos. Já o indicador de situação atual dos negócios teve leve alta de 0,2 ponto, para 92,0 pontos.
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 2,1 pontos em dezembro, para 100,8pontos. Esse é o maior nível desde agosto deste ano (100,9 pontos). Em suma, a alta dos indicadores de demanda prevista (+2,2 pontos) e de tendência dos negócios nos próximos seis meses (+2,0 pontos) impulsionaram o IE-CST no mês.
Em contrapartida, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) caiu 0,9 ponto percentual (p.p.), para 76,4%. A saber, o indicador de mão de obra recuou 1,1 p.p., para 77,5%, enquanto o de máquinas e equipamentos caiu 0,3 p.p., para 69,8%.
Por fim, a FGV destacou que a “demanda insuficiente foi a maior limitação das empresas” em dezembro. A pandemia da Covid-19 também afetou o setor, assim como o alto custo da matéria-prima, que ainda segue como um grande problema para as empresas.
Leia Mais: Preços do petróleo avançam com notícias positivas sobre a Ômicron