O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,1 ponto em setembro deste ano na comparação com o mês anterior. Embora o avanço tenha sido bastante tímido, foi suficiente para que o índice alcançasse 96,4 pontos, maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos). Aliás, o ICST também registrou o quarto avanço do ano em médias móveis trimestrais, subindo 1,3 ponto.
A saber, este é o quinto mês consecutivo de avanço do índice após quatro meses seguidos de queda. O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV), realizou o levantamento dos dados. A divulgação das informações aconteceu nesta segunda-feira (27).
“Depois de quatro meses de crescimento contínuo, em setembro, a expectativa de melhora da demanda foi corrigida para baixo, sob efeito da elevação das taxas de juros do crédito imobiliário: o segmento de Edificações Residenciais foi o que acusou a maior queda do indicador de demanda prevista”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
“Ainda assim, a confiança das empresas acomodou num patamar mais favorável desde 2014 por uma ligeira melhora da percepção sobre à situação corrente. O Indicador de Evolução Recente da atividade alcançou o melhor resultado desde dezembro de 2012. Ou seja, a retomada da atividade ganha força na percepção empresarial, mas diminui o otimismo com a continuidade desse ciclo”, acrescentou a coordenadora.
Confiança sobe graças às situação atual mais positiva
De acordo com a FGV, a melhora no Índice de Situação Atual (ISA-CST), que subiu 0,8 ponto no período, impulsionou o índice no mês. Com a alta, o ISA-CST atingiu 92,7 pontos, maior nível desde agosto de 2014 (93,0 pontos).
Aliás, o índice subiu, principalmente, por causa do avanço do indicador da situação atual dos negócios (1,8 ponto), para 92,2 pontos. Em contrapartida, o indicador de carteira de contratos caiu em setembro (-0,2 pontos), para 93,3 pontos, limitando o avanço do ISA-CST.
Já o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 0,7 ponto em setembro, para 100,2 pontos. A saber, a queda ocorreu devido à piora do indicador demanda prevista (-1,6 ponto), para 101,2 pontos. Por outro lado, o indicador de tendência dos negócios subiu 0,3 ponto, para 99,2 pontos, e reduziu o recuo do IE-CST no mês.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 1,9 ponto percentual (p.p.), para 75,0%. Em suma, os indicadores de mão de obra (1,9 p.p.) e de máquinas e equipamentos (1,2 p.p.) impulsionaram a taxa, subindo para 76,2% e 68,3%, respectivamente.
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