O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (26) que o volume de concessões de empréstimos bancários caiu em agosto. A saber, as novas concessões de crédito caíram 2,12% no mês passado, após baterem recorde em julho. O resultado foi alcançado com ajuste sazonal.
Além disso, o volume total de crédito ofertado pelos bancos em agosto chegou a R$ 4,335 trilhões. Esse valor ficou 1,5% maior que o registrado em julho (R$ 4,271 trilhões). Aliás, a carteira de pessoas jurídicas cresceu 1,9%, enquanto a de pessoas físicas subiu 1%. Estes resultados impulsionaram o total de concessões de crédito no mês passado.
Já a taxa de inadimplência média se manteve estável em 2,3% no mês, mesma taxa observada em junho e julho. Nesse caso, a inadimplência nas operações com pessoas físicas permaneceu em 2,9%, enquanto as taxas referentes a empresas ficou estável em 1,5%.
De acordo com o BC, as novas concessões de empréstimos encerraram agosto em queda de 2,12%, somando R$ 416,743 bilhões. A propósito, essa é o primeiro recuo desde dezembro do ano passado. Ainda assim, o valor superou a média dos oito primeiros meses deste ano, de R$ 392,855 bilhões.
Vale ressaltar que o BC projeta um crescimento de 11,1% das concessões de crédito bancário para este ano. Em 2020, o indicador disparou 15,5%, principalmente por causa da pandemia da Covid-19, que impulsionou a recorrência às linhas emergenciais de crédito no país.
Juros bancários também crescem no mês
Ainda segundo o levantamento do BC, os juros bancários médios com recursos livres de pessoas físicas e jurídicas passaram de 28,9% ao ano para 29,9% ao ano entre julho e agosto. Assim, atingiu o maior nível em 16 meses. A saber, esses juros não incluem os segmentos habitacional, rural e BNDES.
Em suma, o juro bancário das operações para pessoas físicas subiu de 39,8% para 40,9%. Da mesma forma, a taxa média dos juros bancários apenas para as empresas passou de 15,5% ao ano em julho para 16,2% ao ano em agosto.
Já no cheque especial, a taxa subiu de 124,0% ao ano para 124,9% ao ano entre julho e agosto. Os juros nas operações com cartão de crédito rotativo de pessoas físicas também subiu em um mês, de 331,5% ao ano em julho para 336,1% ao ano em agosto. A saber, esse é o maior patamar desde agosto de 2017 (392,3% ao ano).
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