A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na última terça-feira (17) dados pouco felizes para os consumidores brasileiros. A saber, a companhia reportou uma disparada dos preços das hortaliças no país em julho, quando comparado ao mês anterior.
Ao ouvir as Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país, o 8º Boletim Prohort da Conab cita as geadas como principais responsáveis pela redução da oferta das hortaliças no período. O resultado disso são preços quase 65% mais caros que o observado um mês atrás.
De acordo com o levantamento, o tomate é um dos itens com as maiores variações no período. Aliás, a Central de Abastecimento de Vitória registrou uma alta de 51% no preço do produto. E os preços altos devem continuar em agosto, elevando ainda mais as compras dos consumidores nos mercados atacadistas.
Como o tempo frio ainda perdura no Centro-Sul do país, o desenvolvimento e a colheita do tomate devem continuar atrasados. Assim, haverá menos oferta do produto no mercado e, consequentemente, os preços seguirão bastante elevados nos próximos dias.
Veja outros itens que também ficaram mais caros no mês
Da mesma forma que aconteceu com o tomate, o preço da cenoura também cresceu mais de 50%, isso em cinco estados analisados pela Conab. Em resumo, o maior avanço foi registrado em Vitória, no Espírito Santo, onde o preço do legume saltou 64,57%. Já em relação ao alface, a variação atingiu 62,94% na Ceasa de Curitiba, maior avanço do país em julho.
Em contrapartida, a Conab citou cebola e batata, que seguiram o movimento inverso e apresentaram reduções em seus preços entre junho e julho. Isso ocorreu devido ao aumento das produções em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, bem como à manutenção da oferta em Pernambuco. Embora as geadas não tenham afetado a colheita em julho, o fará em agosto. Por isso, a expectativa é que os preços subam em agosto.
Por fim, a Conab reportou que o preço das frutas também sofreu com as geadas no mês. No geral, as cotações cresceram em julho, com poucas exceções, como o mamão e a banana.
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