O grande responsável por proteger o poder da nossa moeda é o Banco Central, para isso, a autoridade monetária, exerce o que chamamos de política monetária.
Com isso, não é novidade para ninguém, que a inflação está elevada, bastante acima da meta de inflação definida pelo conselho monetário nacional. Dessa forma, o Banco Central utiliza a taxa de juros como uma das ferramentas de política monetária.
Mas afinal, quais são essas ferramentas, como o banco central atua e o que na prática é a tal da política monetária exercida pelo Bacen. Esses questionamentos serão respondidos logo abaixo.
O que é Política Monetária?
A política monetária pode ser entendida como o controle da oferta de moeda na economia. Visando assim equilibrar os níveis de preços (ideal) para o sistema financeiro do país. Além disso, existem cenários em que essa política pode ser expansionista ou contracionista (restritiva).
Uma política monetária expansionista busca elevar a liquidez da economia, injetando mais recursos financeiros no mercado. Já uma política monetária contracionista, busca reduzir a liquidez da economia visando o combate à inflação, que é exatamente o que está ocorrendo nesse momento.
Ferramentas de política monetária
Taxa de juros básica (Selic)
O principal instrumento que o Banco Central possui para controle de liquidez na economia é a possibilidade de alteração na taxa de juros básica (Selic). Nesse sentido, o Banco Central define uma Meta (Taxa Selic meta). Assim, através do mercado aberto exerce a compra e venda de títulos públicos.
Dessa forma, quando há excesso de liquidez na economia, o Banco Central atua vendendo títulos no mercado e assim retirando dinheiro de circulação. Contudo, se houver falta de liquidez, a autoridade atua no sentido contrário, ofertando títulos e derrubando as taxas de juros.
Redesconto
Pode ser entendido como um empréstimo de última instância. Por lei, os bancos não podem encerrar o dia com o caixa negativo. Caso um banco não consiga tomar empréstimos com outros bancos no mercado, pode recorrer ao redesconto. Com isso, os bancos podem estimular maior liquidez reduzindo essa taxa, ou fazendo o contrário e retirando a liquidez dos mercados.
Depósito Compulsório
Outra medida que permite ampliar ou reduzir a quantidade de moeda em circulação nos mercado, é o chamado depósito compulsório. Essa é uma alíquota também definida pela autoridade monetária, que obriga os bancos a depositarem um percentual de seus depósitos junto à autoridade monetária.
Assim, quanto maior for essa taxa, menor a liquidez da economia, e quanto menor essa taxa, maior a possibilidade dos bancos aumentarem a oferta de crédito. Ou seja, também é uma ferramenta importante para ditar os rumos da política monetária.
Impacto nos mercados
O Exercício de política monetária, principalmente através das mudanças nas taxas de juros, são um fator essencial para tomada de decisão dos mais diferentes agentes econômicos. Por exemplo, uma taxa de juros mais baixa, permite o incentivo para mais investimentos de longo prazo, maior facilidade de compras e também expansão do crédito.
Já as taxas de juros altas implicam em redução de investimentos, redução do consumo das famílias, devido principalmente à retração da oferta de crédito, além da redução da confiança dos empreendedores e consumidores.
Por fim, os investimentos conservadores atrelados à taxa de juros, tornam-se interessantes, provocando uma migração de alocação de capital, da renda variável para renda fixa. Ou seja, as implicações da política monetária exercida pelo Banco Central são bastante relevantes.