A previdência privada é uma forma de investimento que permite acumular recursos para complementar a aposentadoria ou realizar projetos de longo prazo.
No entanto, antes de investir nessa modalidade, é preciso entender como funciona a tributação na previdência privada e como ela afeta o rendimento do plano.
Nesse sentido, existem dois tipos de planos de previdência privada: PGBL e VGBL. Eles serão melhor explicados logo abaixo:
Os dois tipos de plano de previdência.
O PGBL é um plano que permite deduzir as contribuições do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual.
Porém, na hora do resgate ou do recebimento do benefício, o imposto incide sobre o valor total aplicado mais os rendimentos. Esse plano é indicado para quem faz a declaração completa do IR e tem uma alíquota elevada.
O VGBL é um plano que não permite deduzir as contribuições do Imposto de Renda, mas também não tributa o valor total aplicado na hora do resgate ou do recebimento do benefício. Nesse caso, o imposto incide apenas sobre os rendimentos. Esse plano é recomendado para quem faz a declaração simplificada do IR ou já atingiu o limite de dedução.
Formas de tributação da previdência
Além de escolher entre PGBL e VGBL, o investidor também deve optar entre a tabela progressiva ou regressiva para a tributação na previdência privada. Essa escolha deve considerar o prazo de investimento e a forma de resgate dos recursos.
Na tabela progressiva, as alíquotas do Imposto de Renda variam conforme o valor do benefício recebido, seguindo a mesma tabela usada para os salários. As alíquotas vão de zero a 27,5%.
Nesse caso, há um recolhimento antecipado de 15% na fonte, que pode ser compensado na declaração anual. Essa tabela é mais adequada para quem pretende resgatar os recursos no curto prazo ou receber um benefício menor.
Na tabela regressiva, as alíquotas do Imposto de Renda são fixas e diminuem conforme o tempo de permanência no plano. As alíquotas começam em 35% para aplicações feitas em até dois anos e caem 5 pontos percentuais a cada dois anos, até chegar a 10%.
Nesse caso, não há recolhimento antecipado na fonte nem compensação na declaração anual. Essa tabela é mais vantajosa para quem planeja resgatar os recursos no longo prazo ou receber um benefício maior.
Entenda o melhor tipo de tributação para o seu perfil
É importante destacar que as alíquotas da tabela regressiva são aplicadas sobre os rendimentos de cada depósito feito no plano, considerando a data da aplicação. Assim, cada parte do saldo acumulado terá uma alíquota diferente.
Além disso, as alíquotas da tabela regressiva também são aplicadas sobre as parcelas recebidas pelo investidor. As primeiras parcelas correspondem aos depósitos mais antigos. Por isso, quanto mais tempo o investidor deixar os recursos aplicados no plano, menor será a alíquota paga.
Em resumo, a tributação na previdência privada é um fator essencial para avaliar o desempenho do investimento. A escolha entre a tabela progressiva e regressiva depende do perfil e dos objetivos do investidor, considerando, aspectos como a declaração do Imposto de Renda, o prazo de investimento e a forma de resgate dos recursos acumulados.
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