O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu extraordinariamente na última terça-feira (24) para analisar o sistema elétrico nacional. A saber, o Brasil enfrenta uma grave crise hídrica na região das hidrelétricas. E a indicação do CMSE, órgão presidido pelo Ministério da Economia, é continuar com todas as medidas adotadas em andamento.
Além disso, o comitê afirmou que vê uma “relevante piora” das condições hídrica do Brasil. Por isso, afirma que há necessidade de adoção de novas providências para que as hidrelétricas continuem em funcionamento no país. Segundo o órgão, isso é imprescindível para manter os reservatórios das usinas.
“Conforme destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a exemplo do verificado nos últimos meses, predomina a degradação dos cenários observados e prospecções futuras, com relevante piora, fazendo-se imprescindível a adoção de todas as medidas em andamento e propostas, destacadamente a alocação dos recursos energéticos adicionais e flexibilizações de restrições hidráulicas”, afirmou o comitê.
Veja as principais recomendações do Comitê
De acordo com o órgão, a regra da operação do Rio São Francisco precisa de flexibilizações temporárias. No entanto, o comitê não explicou de que maneira isso deverá acontecer. Na nota, o CMSE apenas indica tais mudanças para a melhora do sistema energético nacional.
“Considerando a importância de se dispor de recursos energéticos adicionais a fim de assegurar as condições de atendimento eletroenergético, e minimizando, assim, a degradação do armazenamento nos reservatórios das usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e Sul do País”, disse o comitê.
Além disso, o órgão citou o uso dos estoques hídricos armazenados, mas não deu detalhes sobre o assunto. A propósito, ambas as recomendações visam evitar que o Brasil passe por racionamento da energia elétrica ou até mesmo sofra com apagões nos próximos meses.
Em resumo, estas medidas são recomendações do ONS e seguirão para apreciação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG). A saber, o Ministério da Economia também preside a câmara, criada para gerir a crise hídrica.
Por fim, o ONS já admitiu no mês passado que terá muitas dificuldades para atender a demanda brasileira de energia em outubro e, principalmente, em novembro. Isso deve ocorrer devido ao “esgotamento de praticamente todos os recursos no mês de novembro”.
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