O comércio da América Latina sofreu fortemente com a pandemia da Covid-19. No ano passado, a decretação da crise sanitária afundou todo o planeta em recessão econômica. Em 2021, os países começaram a se recuperar do tombo de 2020, mas novos surtos da Covid-19 acabaram afetando fortemente diversos setores econômicos neste ano, especialmente no primeiro semestre.
Contudo, o avanço da vacinação contra o novo coronavírus vem fortalecendo as economias da região. Por isso, a Comissão Econômica da ONU para a América Latina (Cepal) fez projeções bastante positivas para o comércio da região em 2022. A entidade divulgou suas previsões nesta terça-feira (7).
Em resumo, a Cepal projeta uma disparada de 25% no valor das exportações da América Latina no próximo ano. Nesse caso, os preços de exportação devem crescer 17% em 2022, enquanto o volume dos envios ao exterior devem ter alta de 8%. A saber, essa estimativa não inclui serviços.
Por sua vez, o valor das importações deve disparar ainda mais em 2022 (+32%). Em suma, esse resultado representa o aumento de 20% do volume das importações e de 12% dos preços.
“A região como um todo deve registrar um superávit de 24 bilhões de dólares em seu comércio de bens em 2021”, disse a Cepal. “É menor do que em 2020, o que se explica principalmente pela recuperação considerável dos volumes de importação”, acrescentou a comissão no relatório.
Petróleo, cobre e grãos devem impulsionar comércio da região
De acordo com a Cepal, os países da América Latina devem retomar fortemente o seu comércio graças aos seus principais produtos de exportação, como petróleo, cobre e grãos. Ao mesmo tempo, o aumento da demanda dos Estados Unidos, China e Europa também irão ajudar a impulsionar a recuperação econômica da região.
Em síntese, o comércio dos países exportadores de petróleo deve registrar uma melhora de 15% em 2022. Da mesma forma, os países exportadores de produtos agroindustriais, como Argentina e Paraguai, também devem ter um forte ano, assim como os exportadores de metais (Chile e Peru).
Por fim, a Cepal alertou que “embora os preços de muitos produtos básicos exportados pela região estejam em patamares elevados, não há dados para afirmar que haja um novo superciclo” destas commodities.
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