Nesta semana, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou os dados referentes aos preços dos combustíveis em território brasileiro. A pesquisa foi realizada entre 23 e 29 de outubro, apontando aumento da gasolina e do etanol e redução no diesel e gás natural.
Nesse sentido, é importante pontuar que, embora a Petrobras não tenha repassado os recentes aumentos do petróleo no mercado externo para o mercado interno, outras petroleiras têm buscado parear o valor com o mercado internacional e, devido a isso, notamos a variação no preço dos combustíveis.
Em relação à gasolina, a ANP apontou que o preço médio do litro aumentou de R$ 4,88 para R$4,91, o que representa uma alta de 0,6 %. Dessa forma, isso indica que o preço da gasolina nas bombas subiu pela terceira semana seguida. O maior valor identificado pela ANP foi de R$ 7,34 e o menor valor foi de R$ 3,49.
Além da gasolina, o etanol também subiu e já é a quarta semana consecutiva de aumento para o combustível. O preço do etanol hidratado saiu de R$ 3,54 para R$ 3,63, o que representa alta de 2,5 % na semana. Foi o maior aumento entre os combustíveis. Segundo a ANP, o maior valor identificado para o etanol nas bombas de combustível foi de R$ 6,90.
Já o diesel obteve uma leve queda no período pesquisado. Segundo a ANP, o preço médio do litro de diesel recuou de R$ 6,59 para R$ 6,56, o que representa uma redução de 0,45%. De acordo com a agência, o valor mais alto do diesel nas bombas de combustível foi de R$ 7,99.
Manifestação de caminhoneiros deve afetar levemente os preços
A manifestação feita por caminhoneiros em diversas rodovias ao redor do Brasil gerou preocupações de desabastecimento de combustível nos postos de gasolina. Os efeitos da greve de 2018 dos caminhoneiros ainda estão na memória dos brasileiros, quando os preços dos combustíveis sofreram forte alta.
Nesse sentido, alguns estados já notaram, nestes últimos dias, aumento no preço da gasolina. No Distrito Federal, alguns postos chegaram a aumentar R$0,20 por litro de gasolina devido ao risco de desabastecimento. Outros estados brasileiros também já notaram aumento nas bombas de gasolina devido ao mesmo risco de desabastecimento.
Dessa forma, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis já implementou algumas medidas para garantir que não haja desabastecimento de combustíveis no país. Entre as medidas anunciada, a agência realizou a suspensão da obrigação de manter estoques semanais médios mínimos pela distribuidora.
Além disso, a ANP também liberou que os revendedores de GLP, o gás de cozinha, possam revender seus produtos em botijões de outras marcas além das que possuem autorização de comercialização. A agência também liberou os Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) para realizar a comercialização de gasolina comum e óleo diesel diretamente com os postos de combustível.
Contudo, como as manifestações dos caminhoneiros parecem estar chegando ao fim, a expectativa é que o impacto sobre o preço dos combustíveis seja baixo, devendo ser normalizado até o final do mês de novembro, caso o preço do barril se mantenha estabilizado, assim como do dólar.