A pandemia da Covid-19 impôs a diversas empresas do país a modalidade do home office, que já era conhecida, mas não tão utilizada. Para reduzir os riscos de contaminação, muitos trabalhadores passaram a exercer suas atividades laborais de casa. Contudo, a melhora no quadro da crise sanitária no país vem permitindo a volta às atividades presenciais.
Em contrapartida, o aumento dos preços dos combustíveis está pressionando os trabalhadores a permanecerem em regime de home office. De acordo com uma pesquisa realizada pela Citrix Systems, empresa que desenvolve tecnologia de espaço de trabalho digital, 54% dos trabalhadores do país querem continuar trabalhando em casa.
Em resumo, os combustíveis acumulam fortes altas nos últimos 12 meses encerrados em maio. Segundo o IBGE, o diesel lidera a lista, com uma alta superior a 50%, seguido por gás veicular (46,26%), etanol (30,55%) e gasolina (30,12%).
Esses dados mostram que os combustíveis estão corroendo uma parte cada vez mais da renda das famílias do país. Aliás, os combustíveis foram os “vilões da inflação” no ano passado, acumulando alta de 49,02%, enquanto a taxa inflacionária do país subiu bem menos (10,06%).
A pesquisa também revelou que 57% dos trabalhadores dos Estados Unidos preferem continuar trabalhando de casa. Na sequência, empatada com o Brasil, ficou a Austrália (54%), seguida por México (50%), Colômbia (49%), Reino Unido (45%) e França (44%).
Auxílio com gastos no trajeto
Além disso, a pesquisa também revelou que 87% dos trabalhadores brasileiros acredita que os empregadores devem ajudá-los com os gastos do trajeto. Em suma, os entrevistados afirmaram que as empresas devem aumentar os salários ou fornecer um subsídio para cobrir os custos com combustível.
Nesse caso, o Brasil ficou empatado com o México, onde 87% dos trabalhadores também concordam com o auxílio com os custos no trajeto. Em seguida, ficaram França (84%), Colômbia (84%), Estados Unidos (74%), Austrália (68%) e Reino Unido (65%).
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