Nesta última quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou a prévia da inflação oficial, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15). Segundo as informações divulgadas, o preço dos combustíveis subiu 2,04% no mês de novembro. É a primeira alta após 5 meses consecutivos de queda.
Nesse sentido, a variação do preço dos combustíveis registrada pelo IPCA-15 foi puxada principalmente pela alta da gasolina, que subiu 1,67% em novembro, após ter caído 5,92% no mês de outubro. Além disso, a gasolina teve o maior impacto individual sobre o índice geral do mês, impactando o IPCA-15 em 0,08%.
Já o etanol apresentou forte alta, atingindo os 6,16% em novembro, segundo o IBGE, já o óleo diesel aumentou 0,12%. O único combustível que apresentou queda no mês de novembro foi o gás veicular, tendo redução de -0,98%. Embora o mês de novembro tenha apresentado alta para os combustíveis, no acumulado de 12 meses registra queda de 22,49%.
A alta queda acumulada é justificada pela redução da alíquota do ICMS nos estados, bem como a decisão de zerar o PIS/Cofins. No entanto, tais medidas irão até o fim deste ano e não valem para o óleo diesel e o GNV, que acumulam alta de 28,33% e 15,2%, respectivamente, para o acumulado de 12 meses.
ANP também apontou alta dos combustíveis nos postos
Ainda nesta semana, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) apontou que o preço médio da gasolina subiu entre 13 e 19 de novembro ficou no valor de R$5,05, o que representou um aumento de 0,6% em relação à última semana. O preço mais alto registrado foi de R$6,99 em postos de São Paulo e São Leopoldo, já o valor mais baixo foi encontrado em Ribeirão Preto, com o custo por litro de R$4,22.
Além da gasolina, o etanol também teve aumento. O preço médio registrado pela ANP saltou de R$3,79 para R$3,84, o que representou um aumento de 1,32% no período. O preço mais alto encontrado foi de R$6,97, já o mais baixo foi R$3,14. A diferença de valores entre o local mais barato e o mais caro foi de 121,9%.
Por outro lado, o diesel apresentou queda no preço. A pesquisa realizada apontou que o valor médio do combustível era de R$6,59, no entanto, nesta última semana foi registrado que a média era de R$6,57. A redução apresentou uma variação percentual negativa de 0,3%. Desde setembro, o etanol já subiu 16,1%, a principal causa pelo aumento é a valorização do açúcar, que concorre com a produção do etanol. Além disso, a safra deste ano está atrasada, o que contribui para o aumento.
Nesse sentido, o aumento nos preços dos combustíveis estão aliados com a alta do preço do petróleo no mercado internacional. Desde o início de setembro até a última segunda-feira (21), o preço dos contratos futuros do petróleo tipo Brent saltou em 3,38%.
Embora a Petrobras não tenha reajustado o valor dos combustíveis, outras petroleiras fizeram, fazendo com que o preço médio dos combustíveis tivesse reajuste neste período. Atualmente, a defasagem média do diesel encontra-se em 5%.