O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,95% em novembro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil e acumula forte avanço de 10,74% nos últimos 12 meses encerrados em novembro.
No entanto, há itens com variações bem mais expressivas que a taxa nacional. E os combustíveis seguem como os “vilões” da inflação neste ano. Aliás, quem lidera o ranking das maiores disparadas no período é o etanol, que está 69,40% mais caro do que nos 12 meses anteriores.
Em seguida, vem a pimentão (+54,95%) e o açúcar refinado (+51,38%), com variações também bastante superiores ao IPCA. No entanto, os combustíveis que realmente estão impulsionando a inflação no Brasil em 2021. A propósito, a gasolina ocupa a quarta posição, com uma disparada de 50,78%.
Já na quinta e na sexta posições, coladinhos à gasolina, estão o óleo diesel (49,56%) e o gás veicular (43,67%). Isso mostra o quanto os combustíveis estão pesando para a definição da inflação no país. No top seis, quatro itens são combustíveis, e as variações são muito expressivas de todos eles.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios dos combustíveis até caíram na semana passada. Contudo, tanto o etanol quanto a gasolina e o diesel estão com valores bastante altos e varições em 12 meses muito elevadas.
Veja os itens que completam o top 20
Segundo a lista feita pelo IBGE, o top dez também fica composto por: café moído (+41,52%), açúcar cristal (+40,00%), gás de botijão (+38,88%) e mandioca/aipim (+38,33%). Também segundo a ANP, o gás de cozinha está há oito semanas com um preço médio acima de R$ 100 no país.
Além disso, o item passagem aérea ocupou a 11ª posição no ranking, com uma disparada de 36,53%. Em suma, o abrandamento das medidas restritivas contra a Covid-19 segue impulsionando a demanda por transporte aéreo no país. Ao mesmo tempo, o valor mais alto do combustível acaba sendo repassado para as passagens aéreas, que também estão com uma forte variação no período.
Completando o top 20, ficaram: transporte por aplicativo (+35,49%), frango em pedaços (+33,57%), revista (+32,41%), fubá de milho (+32,10%), energia elétrica residencial (+31,87%), batata-doce (+30,72%), material hidráulico (+30,48%), mudança (+29,96%), filé-mignon (+29,66%) e pneu (+28,75%).
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