O primeiro quadrimestre de 2022 registrou a abertura de mais de 1,3 milhão de empresas no país. No total, foram 1.350.127, aumento de 11,5% em relação ao último quadrimestre de 2021.
Desse modo, o saldo no período ficou positivo, com 808.243 empresas abertas, descontadas as 541.884 empresas fechadas nos primeiros quatro meses do ano.
Com esse resultado, o total de empresas ativas no país subiu para 19.373.257. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2021, houve uma pequena desaceleração no ritmo de criação de novas empresas, com redução de 3,2%.
Abertura de empresas
A saber, essas informações fazem parte do boletim do Mapa das Empresas, referente ao primeiro quadrimestre de 2022 ferramenta disponibilizada pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), que fornece indicadores sobre o quantitativo de empresas registradas no país e o tempo médio necessário para a abertura de empresas.
O tempo para a abertura de empresas no país é, em média, de um dia e 16 horas, um recorde na série histórica, com queda de oito horas (16,7%) em relação ao terceiro quadrimestre de 2021, além de queda de um dia e 13 horas (48,1%) em relação ao mesmo período em 2021.
“Nossa meta é que, até o fim de 2022, a abertura de empresa seja feita em um dia no país”, afirmou o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) da Sepec, André Luiz Santa Cruz.
Avanços
O secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da Sepec, Alexandre Ywata, atribuiu os avanços apontados no boletim do Mapa de Empresas às medidas governamentais de apoio ao empreendedorismo.
Ywata destacou a importância da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Medida Provisória 1.085, que moderniza o sistema de registros públicos no Brasil; a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 4.188, que cria o novo Marco Legal de Garantias (em apreciação no Senado); e o lançamento do Programa Crédito Brasil Empreendedor, que deverá movimentar R$ 87 bilhões para os pequenos empreendedores do país, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), participando com R$ 50 bilhões; do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC), com R$ 14 bilhões; e do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), com R$ 21 bilhões. Este último deverá ser reeditado nas próximas semanas, de acordo com Ywata.
Estados
Vale destacar que Tocantins foi o estado que apresentou o maior crescimento percentual de empresas abertas no primeiro quadrimestre de 2022, com aumento de 28,6% em relação ao último quadrimestre de 2021 e 4% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2021. O Amapá foi o único estado a registrar queda: 3,5% em relação ao último quadrimestre de 2021, além de queda de 7,5% em relação ao primeiro quadrimestre de 2021.
Sergipe foi a unidade da Federação que apresentou o menor tempo de abertura de empresas no primeiro quadrimestre de 2022: 15 horas, uma queda de 9 horas (37,5%) em relação ao último quadrimestre de 2021.
A Bahia registrou o maior tempo de abertura de empresas no Brasil: três dias e 17 horas, e ainda assim, redução de um dia e 5 horas (24,6%) em relação ao último quadrimestre de 2021.
Entre as capitais, o destaque ficou com Aracaju, que conquistou o posto de mais ágil abertura, com tempo médio de apenas 8 horas.
No outro extremo, Salvador teve o desempenho mais baixo entre as capitais, com tempo de 4 dias e 18 horas em média para abrir um novo negócio.
Leia também: Relp teve mais de 380 mil adesões para o parcelamento de dívidas