O setor de serviços deve ter um crescimento maior que o esperado. Pelo menos é o que aponta a nova estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A saber, o setor deve crescer 6,4% neste ano, em vez de 6,2%, como projetado anteriormente.
Em suma, a entidade revisou mais uma vez a estimativa de crescimento do setor econômico do país após a divulgação do resultado do setor em agosto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços avançou 0,5% no mês e isso fez a CNC elevar sua projeção.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o setor vem crescendo nos últimos meses graças ao avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo o país, que permite a maior circulação de pessoas no país. No entanto, Tadros citou a inflação e os juros como grandes desafios a serem enfrentados pelo Brasil.
“Esses problemas tendem a frear o ritmo de expansão do nível de atividade dos serviços, assim como já ocorre no comércio varejista”, afirmou Tadros.
Receita do setor de turismo deve disparar
A CNC também apontou a projeção para o setor de turismo do país neste ano. A nova estimativa indica uma forte disparada de 19,8% no volume de receitas do segmento em 2021. O economista da CNC, Fabio Bentes, também cita o abrandamento das medidas restritivas de circulação das pessoas como impulsionador do setor.
“Com a vacinação da população e a flexibilização das medidas restritivas, acreditamos que o setor poderá se recuperar antes da metade do próximo ano”, ressaltou Bentes.
Por fim, a CNC afirmou que a vacinação também vem refletindo no mercado de trabalho formal do Brasil. “Nos doze meses encerrados em agosto, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou um saldo positivo de mais de 3,2 milhões de vagas no segmento, o que representa um avanço de 8,3% do estoque de postos de trabalho”, afirmou a entidade.
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